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SUPERLUA

Eclipse parcial da Lua em Campo Grande: um espetáculo discreto no céu sul-mato-grossense

Embora o fenômeno tenha sido discreto, com apenas 3,5% de ocultação, encantou os observadores da cidade.

17 setembro 2024 - 23h31Ricardo Eugenio
O eclipse lunar parcial pôde ser observado na noite desta terça-feira (17) em Campo Grande, coincidente com uma superlua.
O eclipse lunar parcial pôde ser observado na noite desta terça-feira (17) em Campo Grande, coincidente com uma superlua. - (Foto: A Crítica)

Na noite desta terça-feira (17), os moradores de Campo Grande tiveram a oportunidade de observar um fenômeno astronômico que, embora sutil, encantou quem olhou para o céu. O eclipse lunar parcial, que coincidiu com a "superlua cheia", desenhou uma tímida sombra na Lua, proporcionando um espetáculo que, apesar de discreto, não passou despercebido pelos olhos atentos de quem aprecia os mistérios do universo.

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O fenômeno, visível a olho nu, não exigiu telescópios ou filtros especiais. O Observatório Nacional explicou que o eclipse penumbral — quando a Lua passa pela sombra mais clara da Terra — começou por volta das 20h40, e o eclipse parcial, com a sombra escura e mais visível, atingiu seu ápice às 22h44. A porcentagem de ocultação, no entanto, era mínima: apenas 3,5%. O suficiente para criar um show de luz e sombra, ainda que quase imperceptível para muitos.

Para Henrique Arcuri, membro do Clube de Astronomia Carl Sagan, a baixa ocultação tornou o eclipse um evento "difícil de visualizar, e ainda mais por conta da fumaça presente no céu". Mesmo assim, os apaixonados por astronomia, como o fotógrafo Juliano Almeida, fizeram questão de registrar o momento. Usando uma câmera Canon e uma lente 75-300 mm, Juliano capturou o evento com um olhar atento. “Como um apaixonado pela Lua, a sensação é única e fora do cotidiano do jornal”, declarou ele.

A Lua, discreta e persistente - Embora esse eclipse não tenha sido daqueles que fazem multidões se reunirem para acompanhar o evento, sua importância não diminui para quem observa a Lua com frequência. Foi uma noite de contemplação silenciosa, uma oportunidade para se conectar com algo que transcende a rotina e, mesmo que por um instante, lembrar que há movimentos celestes acontecendo muito além da nossa percepção diária.

O céu de Campo Grande, ligeiramente ofuscado pela fumaça que pairava na atmosfera, trouxe mais um desafio para quem tentava capturar a beleza do fenômeno. Ainda assim, o eclipse foi transmitido ao vivo pelo Observatório Nacional para quem preferiu assistir de casa. Não houve necessidade de filtros solares, não havia riscos à visão, apenas o encanto de ver uma "pontinha" da Lua mergulhar na sombra projetada pela Terra.

Superlua e superdiscrição - Além do eclipse, o fenômeno da superlua adicionou um toque especial à noite. A superlua acontece quando o satélite natural está mais próximo da Terra em sua órbita, parecendo ligeiramente maior e mais brilhante no céu. Mesmo assim, a combinação de uma superlua e um eclipse de baixa ocultação fez com que o espetáculo, ao invés de grandioso, fosse mais uma dança delicada no céu.

Para os entusiastas da astronomia, noites como essa são uma oportunidade rara de observar o cosmos em ação. E, embora o eclipse parcial tenha sido sutil, ele serviu como um lembrete de que mesmo os fenômenos mais discretos no universo podem nos surpreender, trazendo uma pausa para olhar além do horizonte e perceber que o céu está sempre em movimento.

Talvez não tenha sido o eclipse mais marcante ou aquele que geraria longas filas de observadores em parques, mas, para quem o viu, foi mais um momento de contemplação do mundo além do nosso. E, como sempre, a Lua esteve lá, como uma velha amiga, testemunhando tudo.

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