
Amputação pode ser resolvida - Think Sotck
Situações como essas geralmente estão relacionadas com problemas de saúde, como o câncer de pênis. Porém, o problema também pode ser resultado de acidentes e até de atos criminosos. Independentemente do fator causador, uma amputação total do membro pode ser resolvida com uma neofaloplastia, que consiste na criação de um novo tubo peniano.
Para isso são usados retalhos de antebraço ou de pele da região lombar, explica o urologista e andrologista Paulo Egydio, especialista em cirurgia reconstrutiva urogenital que atua no hospital Sírio-Libanês.
A uretra também é refeita cirurgicamente e, dependendo do caso, possibilitará até que o paciente continue urinando em pé. Em outros casos, o indivíduo terá de fazer isso sentado.
Quanto à manutenção da vida sexual, o especialista explica que em uma segunda cirurgia é possível inserir uma prótese peniana para possibilitar firmeza e viabilizar uma penetração com o novo pênis.
Dependendo das condições, tanto o prazer sexual como o orgasmo podem ser alcançados com a estimulação erótica da região genital residual, formada pelo escroto, testículo e região perineal. Com técnicas de reprodução assistida, mesmo a geração de filhos não está descartada.
Reimplante
Em situações bem específicas, é possível reimplantar o membro decepado. Mas para isso, o tecido peniano não pode ter sido severamente danificado, como enfatiza o urologista André Cavalcanti, chefe do Departamento de Cirurgia Reconstrutiva e Trauma da Sociedade Brasileira de Urologia.
A operação também deve ser feita com urgência e o segmento decepado deve ser acondicionado em gelo – como no transporte de outros órgãos para transplante – para se obter melhores resultados.
Em condições ideais, faz-se uma microcirurgia e reconstrói-se o corpo do pênis, os nervos, artérias e a uretra. O pós-operatório é delicado e depende, entre outros fatores, da qualidade do reimplante, da técnica empregada e do estado do pênis antes da operação.

