Drones ucranianos atingiram, na noite de sábado (13), a refinaria de Kirishi, uma das maiores da Rússia, localizada na região de Leningrado, no noroeste do país. O ataque provocou um incêndio na unidade operada pela petrolífera russa Surgutneftegas, segundo confirmaram autoridades locais e fontes militares ucranianas.
A refinaria tem capacidade para processar cerca de 17,7 milhões de toneladas métricas de petróleo por ano, o que equivale a aproximadamente 355 mil barris por dia. A Ucrânia vem intensificando os ataques contra instalações de infraestrutura energética russas, alegando que essas estruturas estão diretamente ligadas ao esforço de guerra do Kremlin na invasão em curso desde 2022.
Drones se consolidam como arma central no conflito
Mais de três anos após o início da guerra, os drones se tornaram uma das principais armas utilizadas por ambos os lados. O ataque à refinaria faz parte de uma sequência de ofensivas recentes da Ucrânia a instalações estratégicas em território russo.
Imagens divulgadas por órgãos ucranianos mostram explosões e densas nuvens de fumaça no local da refinaria. O governo russo ainda não divulgou informações oficiais sobre a extensão dos danos ou eventuais impactos na produção.
OTAN em alerta após drones entrarem na Polônia
Em outro episódio que eleva a tensão regional, drones russos cruzaram a fronteira com a Polônia na quarta-feira (10), levando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a acionar caças para interceptação.
O incidente reforça temores de que o conflito possa extrapolar as fronteiras da Ucrânia, ampliando a pressão sobre aliados ocidentais que apoiam o governo ucraniano.
Até o momento, nem a Rússia nem a Ucrânia comentaram oficialmente sobre possíveis retaliações ou impactos diretos à segurança energética russa após o ataque à refinaria.
