
O Distrito de Columbia entrou com uma ação judicial nesta quinta-feira (4) contra o envio de mais de 1.000 membros da Guarda Nacional autorizado pelo presidente Donald Trump para patrulhar Washington. O procurador-geral Brian Schwalb argumenta que a medida configura uso ilegal das forças armadas em funções de aplicação da lei doméstica. “Nenhuma jurisdição americana deve ser involuntariamente sujeita a ocupação militar”, afirmou.

A Casa Branca rebateu, defendendo que o envio da tropa para proteger ativos federais e apoiar operações de segurança pública está dentro da autoridade presidencial. Para o governo, a ação judicial representa uma tentativa de enfraquecer “operações bem-sucedidas para reduzir o crime violento”.
As ordens da Guarda Nacional em D.C. foram estendidas até dezembro, o que indica que sua presença deve se prolongar. Paralelamente, Trump anunciou que pretende enviar tropas também para Chicago e Baltimore, apesar da oposição das lideranças locais.
Na capital, a prefeita democrata Muriel Bowser reconheceu uma queda nos índices criminais, mas críticos apontam que a redução já ocorria antes da intervenção federal.
Na terça-feira (2), um juiz federal na Califórnia decidiu que o envio da Guarda Nacional para Los Angeles, após protestos sobre imigração em junho, foi ilegal. O caso, no entanto, não se aplica diretamente a Washington, onde o presidente possui maior controle sobre a Guarda do que nos estados.
