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IMUNIZAÇÃO

Dia Nacional de Imunização desperta o alerta para a importância da prevenção na Capital

Ter a carteira de vacinação em dia é sinônimo de proteção

9 junho 2024 - 13h10
Vacinação contra gripe
Vacinação contra gripe - (Foto: PREFCG)

O índice é preocupante. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Mato Grosso do Sul possui uma cobertura vacinal, para grupos prioritários, de 31,59%. Campo Grande também segue a média e, de acordo com informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), até o dia 23/05/2024, a cobertura é de 31,01%.

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No Dia Nacional de Imunização, 9 de junho, reforçar a importância desse gesto se faz necessário porque a vacinação, juntamente com o saneamento básico, é responsável por uma sobrevida de 30 anos da população, afirma o pediatra e representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações, Dr. Alberto Jorge Costa. “Doenças graves ou formas severas de várias patologias foram erradicadas ao longo da história por causa da vacinação, mas infelizmente, hoje, estamos observando o crescimento de casos de pneumonias, hepatites, meningites, tétano e sarampo, todas preveníveis”. Para o cooperado da Unimed Campo Grande, “é importante que todos tenhamos a carteira de vacinação em dia”.

Desconhecimento e propagação de fake news são a causa dessa incidência crescente ao longo dos anos. “Nós, médicos, temos o dever de informar e conscientizar nossos pacientes sobre a necessidade e importância da imunização, deles aderirem às campanhas”, alerta o especialista.

O cuidado é reforçado pela pediatra e neonatologista Dra. Kamilla Amaral Gonçalves Moussa, que reafirma a importância do médico na orientação familiar. “Nesse processo, em especial, o pediatra ocupa papel-chave ao dar as orientações devidas às famílias, orientar, alertar e celebrar a data dedicada ao incentivo da imunização. Indicadores apontam a queda de 80% para 8% na rejeição da taxa de vacinação quando o profissional de saúde esclarece e apoia a vacinação”, diz. “Sem as vacinas, crianças e adolescentes ficam vulneráveis diante de doenças que podem ser prevenidas. O risco de adoecimento e morte aumenta de modo injustificável quando não se recorre à imunização.”

O Brasil adota o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que disponibiliza, gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), 48 imunobiológicos: 31 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas para toda a população. Há vacinas destinadas a todas as faixas etárias e campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação. O programa é um dos maiores do mundo e referência de iniciativa pública vacinal. “Desde 2016, o país tem enfrentado um declínio nas coberturas vacinais e, por consequência, assiste à reintrodução de doenças já erradicadas. Somos, neste momento, um território em ‘muito alto risco’ para o retorno da pólio; há surtos de sarampo e aumento do número de suscetíveis a doenças imunopreveníveis”, alerta. “A desinformação que se alimenta dos medos e ansiedades das pessoas promove teorias conspiratórias, realidade entre uma parcela dos profissionais da saúde também, infelizmente.”

A cooperada da Unimed Campo Grande afirma que, para combater esse cenário, "são necessários educação em saúde e profissionais que reafirmem a importância da vacinação, com acolhimento dos hesitantes, fazendo a devida orientação com firmeza e clareza. A homenagem ao Dia Nacional da Imunização é importante para reforçarmos questões fundamentais para proteger a vida e o bem-estar de crianças e adolescentes”, adverte a médica.

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