Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
03 de novembro de 2025 - 15h56
maracaju azul
CAPITAL

Dia de Finados reúne 40 mil pessoas em cemitérios de Campo Grande

Data é marcada por movimento intenso e distribuição de mudas em ação da Prefeitura nos três cemitérios públicos da capital

3 novembro 2025 - 07h35Redação
Campo Grande reúne 40 mil pessoas em homenagens no Dia de Finados
Campo Grande reúne 40 mil pessoas em homenagens no Dia de Finados - (Foto: Divulgação)

Dia de Finados movimentou os cemitérios públicos de Campo Grande neste domingo (2). De acordo com a Prefeitura Municipal, cerca de 40 mil pessoas visitaram os cemitérios São Sebastião (Cruzeiro), Santo Amaro e Santo Antônio para prestar homenagens a familiares e amigos já falecidos.

Canal WhatsApp

Desde as primeiras horas da manhã, o movimento foi intenso. A data, tradicional no calendário religioso e cultural, foi marcada por momentos de fé, reflexão e reencontros. A organização contou com o trabalho de equipes de limpeza, servidores municipais e comerciantes, que se prepararam para atender o público ao longo do dia.

No cemitério São Sebastião, o fluxo de visitantes começou cedo. A comerciante Maria Roberta da Silva, que há mais de 30 anos vende flores no local, afirmou que a data continua sendo uma das mais importantes do ano.

“Todo ano é assim, a gente se prepara com carinho. Faço mil vasos de flores e vendo todos. É um trabalho em família: nós compramos os materiais, montamos e acampamos aqui desde sexta. É cansativo, mas gratificante, porque é um momento em que todo mundo quer demonstrar amor”, disse.

Entre os visitantes, Francinete Cláudia de Oliveira levou flores ao túmulo do pai e lembrou com emoção dos familiares que já se foram.

“É um dia difícil, vem muita saudade. A gente vem todo ano, sempre traz flores, limpa, conversa um pouco. Agora quero ver se consigo colocar uma lápide nova, deixar mais bonito pra ele. É uma forma de cuidar, de estar perto de novo, mesmo que por um instante”, relatou.

Mudas distribuidas

Neste ano, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), realizou uma ação especial durante o feriado. Foram distribuídas 1.200 mudas de plantas frutíferas — como romã, pitanga, acerola e amora — nos três cemitérios públicos.

De acordo com o engenheiro Alexsandro Ulisses, a iniciativa teve como objetivo oferecer conforto às famílias e transmitir uma mensagem de esperança.

“Foram distribuídas 1.200 mudas, divididas entre o Santo Amaro, Santo Antônio e São Sebastião. Aqui ficaram 400. As espécies simbolizam renovação e lembram que, mesmo na saudade, a vida continua”, explicou.

Prefeitura distribuiu mudas de plantas como símbolo de renovação. (Foto: Divulgação)

Comerciantes

No cemitério Santo Amaro, a comerciante Jucimeire Silva Santos trabalha há quatro décadas vendendo flores e velas no local. Segundo ela, o movimento já foi mais intenso, mas o sentimento das pessoas permanece o mesmo.

“Antigamente era tanta gente que não tinha lugar pra colocar banca. Hoje vem menos pessoas, principalmente os mais jovens. Depois da pandemia, muita coisa mudou. Mas a gente continua firme — eu, meu filho, minha nora, meu marido e minha irmã. A gente dorme aqui, cuida e vai levando. É cansativo, mas é o que a gente ama fazer”, afirmou.

No cemitério Santo Antônio, o clima também foi de respeito e emoção. Visitantes circulavam em silêncio, arrumando flores e limpando túmulos. O comerciante Cristóvão Ramon Gonçalves, que atua há 33 anos no local, destacou que, apesar do cansaço, o trabalho nessa época do ano é especial.

“Muitos desistiram com o tempo, porque é cansativo e a gente fica aqui direto. Mas é um período em que a gente cria laços, conhece famílias, escuta histórias. Todo ano é diferente, tem dia que vende mais, tem dia que é mais parado, mas o importante é estar aqui, fazer parte disso”, contou.

Entre os visitantes, os irmãos Isabel e Francisco Pereira de Lima mantêm o hábito de visitar os túmulos dos pais, do irmão e do marido de Isabel. Baldes d’água nas mãos, eles repetem o ritual de limpeza e ornamentação todos os anos. “Todo ano a gente vem, é uma lembrança que nunca se apaga. É uma forma de honrar em vida e depois também”, contou Francisco.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas