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11 de dezembro de 2025 - 12h42
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INTERNACIONAL

Desabamento de prédios em Fez deixa 22 mortos e intensifica alerta sobre infraestrutura

Dois edifícios de quatro andares caíram durante a noite em área pobre da terceira maior cidade do Marrocos; buscas continuam e autoridades investigam causas.

10 dezembro 2025 - 10h02Redação
Equipes marroquinas seguem nas buscas após desabamento de dois prédios residenciais em Fez
Equipes marroquinas seguem nas buscas após desabamento de dois prédios residenciais em Fez - (Foto: Divulgação)

Uma nova tragédia expôs novamente a fragilidade da infraestrutura urbana em regiões pobres do Marrocos. Dois prédios residenciais de quatro andares desabaram na noite de terça-feira (9) na cidade de Fez, deixando ao menos 22 mortos. As autoridades marroquinas confirmaram também que 16 pessoas ficaram feridas e foram levadas a um hospital da região. As equipes de resgate permaneciam no local nesta quarta-feira (10), com o bairro isolado e as buscas ainda em andamento.

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Os edifícios, que abrigavam oito famílias, vieram abaixo quase simultaneamente. Até a manhã de hoje, não havia confirmação sobre o número de desaparecidos nem sobre o que provocou o colapso. A agência estatal marroquina informou apenas que as investigações estão em curso.

Fez, terceira cidade mais populosa do país e uma das sedes da Copa Africana de Nações deste mês, convive com contrastes marcantes. Embora seja conhecida por sua histórica cidade murada e seus mercados tradicionais, também reúne alguns dos bairros mais pobres do Marrocos. Nessas áreas, a precariedade estrutural é frequente, e os códigos de construção muitas vezes não são aplicados.

Este é o segundo grande desabamento registrado no ano. Em maio, outro prédio ruiu e deixou 10 mortos e sete feridos, mesmo após ter sido classificado como estrutura condenada, segundo o portal local Le360.

A tragédia reacende críticas sobre a falta de investimentos básicos em habitação, saúde e educação — temas que motivaram protestos no país no início do ano. Manifestantes acusaram o governo de priorizar grandes obras, como novos estádios, em detrimento das necessidades mais urgentes da população.

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