Entre segundafeira (20) e quartafeira (22) desta semana, gestores municipais de todo o Mato Grosso do Sul participaram da 3ª edição do Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, realizado no Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande. No local, a reportagem do Jornal À Crítica montou um estúdio especial — um cubo de vidro instalado em frente ao evento — para entrevistas com lideranças municipais.
Foi ali, nesse cenário transparente e público, que o prefeito Jean Carlos Silva Gomes, de Deodápolis (município sulmatogrossense com cerca de 15 mil habitantes), falou sobre seu compromisso com a educação como base da política social municipal. “A creche não é para esperar — é para transformar”, disse. “O melhor programa social hoje é a vaga de creche”, afirmou.
Ele explicou que, em 2025, a prefeitura ampliou mais de 60% o número de vagas em creches no município e que prepara uma nova escola em tempo integral — a mais moderna da região segundo sua gestão. Ao lado disso, disse que a saúde recebe atenção responsável, com a construção de uma Central de Especialidades Médicas, mais de sete especialidades atendendo presencialmente, complementadas por telemedicina.
A infraestrutura urbana não ficou fora. Jean Carlos relatou que obras de pavimentação, drenagem, recapeamento e construção de ponte de concreto armado nos bairros Jardim Europa Sul, Jardim Itália, Eldorado e São José somam mais de R$10milhões em investimentos. “Estamos cortando o supérfluo, mas não abrimos mão do investimento que impulsiona o desenvolvimento e melhora a vida da população”, declarou.
Ele admitiu que 2025 é “provavelmente mais difícil do que 2015”, referindose à crise de receitas que municípios enfrentam. Mesmo assim, sua gestão reorganizou o orçamento: dispensa contratos desnecessários, prioriza as secretarias de Educação, Saúde e Infraestrutura e fortalece o diálogo com o governo do estado e os outros gestores municipais. “Não existe mais espaço para amadorismo na gestão pública”, frisou.
No estúdio de vidro do Jornal À Crítica, Jean observou que o evento do Congresso é mais do que uma troca de ideias: é um espaço de aprendizagem para gestores que querem melhorar suas cidades. “Quem pode participar não pode perder essa oportunidade. Ganhamos na prática, na vivência”, disse, destacando a importância do municipalismo.
Ao encerrar a entrevista, ele traçou seu olhar para 2026: consolidar os investimentos, preparar Deodápolis para enfrentar os anos que vêm e deixar a cidade mais estruturalmente preparada para os próximos 20 anos. “O dever de casa começa agora, com clareza e disciplina”, concluiu.
