
O delegado Bernardo Leal Annes Dias, baleado durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, teve uma das pernas amputadas. A informação foi confirmada por autoridades da segurança fluminense nesta sexta-feira (31), durante coletiva com o secretário de Segurança, Victor Santos, e o chefe da Polícia Civil, Felipe Curi.
Além de Bernardo, outros três policiais seguem internados em estado grave. Os nomes não foram divulgados. Colegas e amigos do delegado utilizam as redes sociais para prestar apoio e convocar doadores de sangue, como parte da mobilização em torno da recuperação do agente.
A operação, batizada de “Contenção”, é considerada a mais letal da história do Estado, com ao menos 121 mortos — incluindo quatro agentes de segurança: os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral, além dos sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca. Outros 12 policiais ficaram feridos.
Segundo o comando da PM, criminosos usaram fuzis, granadas e até drones armados contra os agentes. A ofensiva mirava lideranças do Comando Vermelho e resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de 91 fuzis.
A Polícia Civil informou que, dos 99 corpos já identificados, 42 tinham mandados de prisão em aberto e 78 apresentavam “extenso histórico criminal”. Ao todo, 89 corpos já foram liberados para os familiares.

