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29 de outubro de 2025 - 15h26
MEGAOPERAÇÃO

Defensoria do Rio aponta 132 mortos após megaoperação contra o Comando Vermelho

Número supera em mais de 70 o balanço oficial do governo, que fala em 58 vítimas; ação é a mais letal da história do Estado

29 outubro 2025 - 11h30Redação O Estado de S. Paulo
Forças de Segurança do Rio realizam uma Operação nos Complexo da Penha e Alemão, com o objetivo de prender lideranças criminosas
Forças de Segurança do Rio realizam uma Operação nos Complexo da Penha e Alemão, com o objetivo de prender lideranças criminosas - (Foto: ÉRICA MARTIN/AGÊNCIA O DIA

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (29) que 132 pessoas morreram após a megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV), realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital. O número é mais que o dobro do divulgado oficialmente pelo governo estadual, que agora fala em 58 mortos, sendo quatro policiais.

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A ação é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, segundo levantamento do próprio governo fluminense.

Durante a madrugada e o início da manhã desta quarta, moradores do Complexo da Penha levaram ao menos 60 corpos para a Praça São Lucas, em um protesto que pedia presença das autoridades e reconhecimento das vítimas.

Os corpos foram retirados de áreas de mata onde houve intenso confronto entre policiais e traficantes.

O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou em entrevista à TV Globo que os cadáveres levados pelos moradores não foram incluídos na contagem oficial. Até o momento, o governo não apresentou nova atualização.

O governador Cláudio Castro (PL) voltou a defender a ofensiva das forças de segurança e disse que as “únicas vítimas” foram os quatro policiais mortos.

Segundo o Estado, o balanço oficial é calculado apenas com os corpos registrados pelo Instituto Médico Legal (IML), e o número pode mudar conforme o avanço da perícia.

“A Polícia Civil tem uma responsabilidade enorme de saber quem era cada uma dessas pessoas. Não contabilizamos por imagem ou foto”, afirmou Castro.

A megaoperação, que reuniu 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, teve como objetivo enfraquecer o Comando Vermelho e recuperar áreas dominadas por facções criminosas.

Durante os confrontos, traficantes usaram drones com explosivos contra as forças de segurança — um episódio que, segundo o governo, demonstra o alto poder de fogo das facções.

A operação foi classificada pelo próprio governo estadual como um “sucesso tático”, apesar da forte repercussão nacional e internacional sobre a letalidade policial no Estado.

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