
Reeducandos de diferentes unidades penais de Campo Grande passaram a ter novas oportunidades de qualificação profissional e geração de renda por meio de cursos de técnicas artesanais. As capacitações são resultado de uma parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Conselho da Comunidade da Capital, dentro das ações de ressocialização desenvolvidas no sistema prisional de Mato Grosso do Sul.
As formações contemplaram modalidades variadas e tiveram os certificados entregues ao longo desta semana. No Presídio de Trânsito (Ptran), 11 internos concluíram o Curso de Mosaico, técnica artística que utiliza fragmentos de cerâmica, vidro, pedras ou azulejos para criação de composições decorativas. A atividade, ministrada pela artesã Alice Sales Trouy, trabalhou criatividade, paciência e precisão manual.
Cursos de artesanato abrem novas oportunidades para reeducandos da Capital
No Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi (EPFIIZ), reeducandas participaram do Projeto Oficinas de Pintura, Decoupage e Customização em Caixas e Produtos de MDF. O curso teve carga horária de 60 horas-aula e foi realizado ao longo dos últimos dois meses, sob orientação das professoras Milena Maura Gonçalves de Abreu e Zilda Regina Lubas de Oliveira.
Já no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, internos foram capacitados na técnica de amigurumi, método japonês de confecção de bonecos e objetos tridimensionais em crochê ou tricô. Além de estimular coordenação motora, concentração e percepção espacial, o curso abordou desde os pontos básicos até acabamento e montagem, com foco em peças de alto potencial comercial.
O resultado das capacitações ganhou visibilidade durante a Feira Artesão Livre – Especial de Natal, realizada neste mês no Fórum de Campo Grande. No local, peças produzidas pelos reeducandos, como amigurumis, itens em MDF customizados, mosaicos e trabalhos em pintura e decoupage, foram expostas e colocadas à venda, permitindo uma experiência prática de empreendedorismo.
As ações fazem parte do trabalho da Diretoria de Assistência Penitenciária, por meio da Divisão de Assistência Educacional e da Divisão de Trabalho Prisional da Agepen. Segundo a diretora de Assistência Penitenciária, Maria de Lourdes Delgado Alves, as atividades têm foco na ressocialização. “São iniciativas que estimulam habilidades manuais, disciplina, criatividade e ampliam perspectivas para o retorno ao convívio social”, afirmou.

