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FIM DAS OITIVAS

CPI do Transporte conclui fase de depoimentos com apelo por novo pacto entre Prefeitura e consórcio

Diretor do Guaicurus afirma que sistema não consegue renovar frota sem apoio público e propõe renegociação com presença do MP e Câmara

18 junho 2025 - 16h00Carlos Guilherme
Themis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, durante oitiva na Câmara Municipal de Campo Grande
Themis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, durante oitiva na Câmara Municipal de Campo Grande - Foto: Izaias Medeiros/CMCG

A fase de oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Campo Grande chegou ao fim nesta quarta-feira (18), com depoimento do diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira. No cargo desde janeiro de 2025, o executivo propôs um “grande pacto” com a Prefeitura, a Câmara Municipal e o Ministério Público para reformular o atual contrato do transporte coletivo.

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“É preciso sentar à mesa, de forma institucional, para encontrar uma solução. Queremos repactuar com o município e com os demais atores envolvidos”, afirmou Themis durante a sessão.

Um dos pontos centrais da fala do diretor foi a impossibilidade financeira de renovação da frota de ônibus sem a intervenção do Poder Público. Segundo ele, seria necessário um aporte de cerca de R$ 170 milhões para substituir os veículos atuais — valor que o consórcio, sozinho, não consegue obter.

“Nosso balanço mostra claramente que não temos capacidade de crédito sem o apoio da Prefeitura. Nenhum banco aprovaria financiamento nessas condições”, explicou.

Último depoimento da CPI do Transporte Público de Campo Grande reforça necessidade de repactuação do contrato

Demanda despenca e projeções de 2012 não se confirmam - Themis também apontou que a demanda atual pelo serviço está muito abaixo das expectativas projetadas no contrato firmado em 2012. Na época, esperava-se que o sistema transportasse 85 milhões de passageiros por ano até 2024. No entanto, o número real registrado em 2023 foi menos da metade: apenas 40 milhões.

Apesar da queda, o dirigente afirmou que o consórcio tem cumprido todas as ordens de itinerário repassadas pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). “Cumprimos as rotas determinadas, mesmo com a queda de passageiros”, disse.

Era esperada também a presença do empresário Paulo Constantino, sócio-proprietário do consórcio. No entanto, ele apresentou atestado médico e não participou da oitiva.

Encerrada a etapa de depoimentos, a CPI realizará uma audiência pública na próxima quarta-feira (25), às 13h, no plenário Oliva Enciso. A sessão será aberta à população, que poderá relatar experiências e apresentar sugestões para o sistema de transporte coletivo da capital sul-mato-grossense.

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