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Falecimento

Corpo de Lacraia é sepultado no Rio de Janeiro

11 maio 2011 - 10h11
Serginho estava visivelmente abalado com a morte do amigo
Serginho estava visivelmente abalado com a morte do amigo

O clima de comoção tomou conta do cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio de Janeiro, onde foi enterrado o corpo de Marco Aurélio Silva Rocha, conhecido como Lacraia, na manhã desta quarta-feira. Cerca de 300 pessoas compareceram ao local e, ao som de muitos aplausos e do hit "Vai Lacraia", saudaram o dançarino falecido.

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O funkeiro Sérgio Braga Manhãs, o MC Serginho, parceiro de Lacraia em seus maiores sucessos, disse que soube da morte pela imprensa e voltou a afirmar que deve tudo o que conquistou ao amigo.
"A maior lembrança que eu vou ter da Lacraia é a sua determinação de ser feliz. Ela queria ser feliz a qualquer custo. Me ensinou muito. Me ensinou a lutar por aquilo que a gente acredita. Essa foi a maior lição que ela me deixou. Sem ela eu não teria conseguido nada", disse, comovido.

Assim como Serginho, outros ressaltaram a alegria de Lacraia. A produtora de shows e uma das melhores amigas do dançarino, Marcelly Morena, 25 anos, revela que, mesmo nos momentos de dificuldade, ele não perdia o bom humor.
"Fui eu quem a levou para o hospital há cerca de um mês. Ela estava com muitas dores, sentindo bastante tonteira, mas não parava de fazer piadas. Era uma pessoa feliz, adorava a fama. Isso era muito importante para ela", lembrou.
O maquiador do SBT Paulo André Guimarães ressalta a empatia e a capacidade que o dançarino possuía de conquistar o público. "O Magrão (responsável pelo programa Domingo Legal) sempre escalava a Lacraia porque sabia que bastava ela aparecer para a audiência subir. Ela dançava, inventava suas próprias coreografias, dava um jeitinho de ser diferente. Não vai existir outra como ela", afirmou.
O cabeleireiro Henrique Rodrigues afirmou que o grande mérito do amigo foi ter conseguido fazer sucesso em uma sociedade em que o preconceito é muito forte. Para ele, o carisma do dançarino fez com que a sua opção sexual fosse ignorada mesmo pelos mais conservadores.
"Nós trabalhávamos juntos em alguns eventos em Mesquista.Não havia nada melhor do que a convivência com ela. Ela era pobre, homossexual, mas acima de tudo bastante querida. Contribuiu muito para diminuir o preconceito", garantiu.
A família do dançarino evitou dar qualquer declaração a respeito da causa da morte. Uma das irmãs, bastante emocionada, passou mal e precisou ser retirada de perto do corpo.
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