
O governo da Coreia do Sul manifestou preocupação neste sábado (6) após a detenção de 475 pessoas durante uma operação de imigração em uma fábrica da Hyundai, na Geórgia, Estados Unidos. A maioria dos detidos é formada por cidadãos sul-coreanos.

“O negócio de nossos investidores e os direitos de nossos cidadãos não devem ser injustamente prejudicados durante a aplicação da lei nos EUA”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lee Jaewoong.
O chanceler Cho Hyun confirmou que mais de 300 sul-coreanos estão entre os detidos. Para acompanhar o caso, diplomatas da embaixada em Washington e do consulado em Atlanta foram deslocados e uma equipe de resposta local será formada.
Segundo Steven Schrank, da Homeland Security Investigations, a ação foi resultado de meses de investigação sobre supostas contratações ilegais. Ele classificou a operação como a “maior em um único local” nos 20 anos de atuação da agência.
De acordo com as autoridades americanas, parte dos trabalhadores entrou ilegalmente no país, enquanto outros estavam com vistos expirados ou em situações migratórias que não permitiam o trabalho. A maioria foi transferida para um centro de detenção em Folkston, também na Geórgia. Até o momento, ninguém foi formalmente acusado.
Documentos judiciais revelam que ainda não se sabe quem contratou os imigrantes. “A identidade da empresa ou contratante que contratou os estrangeiros ilegais é atualmente desconhecida”, informou o procurador dos EUA em documento.
A Hyundai declarou que nenhum funcionário direto da companhia foi detido e prometeu revisar as práticas de seus fornecedores e subcontratados para garantir o cumprimento da lei americana.
Já a LG Energy Solution, parceira em projetos da montadora, afirmou estar “monitorando de perto” a situação.
