
A quinta carta à comunidade internacional, apresentada nesta terça-feira (12) pela presidência da COP30, traçou um quadro otimista sobre a agenda climática, apesar da crise do multilateralismo. O presidente da Conferência, André Corrêa do Lago, fez um apelo para que a COP30, que acontecerá em Belém (PA), se torne "um ritual de passagem", marcando a transição para um futuro mais promissor e próspero, de forma simbólica e com sobriedade.

O presidente também reconheceu que alcançar consenso nas negociações entre governos centrais será um desafio durante a conferência, mas destacou que o objetivo não é "reinventar a roda", e sim dar continuidade a ações e metas que já estão em andamento.
A agenda de ações climáticas da COP30 foi dividida em seis eixos principais:
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Energia, indústria e transporte
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Gestão sustentável de florestas, oceanos e biodiversidade
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Transformações na agricultura e sistemas alimentares
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Construção de resiliência nas cidades, infraestrutura e água
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Promoção de desenvolvimento humano e social
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Financiamento, tecnologia e capacitação
Na carta divulgada, o presidente também fez ponderações críticas sobre o atual modelo de desenvolvimento: "Ao lado das perdas e danos causados por eventos climáticos extremos, podemos usar a COP30 para processar coletivamente o luto por um modelo de desenvolvimento que prometeu prosperidade no passado, mas já não oferece esperança para o futuro", afirmou.
As cartas à comunidade internacional são divulgadas regularmente antes das conferências, oferecendo uma visão das prioridades e possibilidades de encaminhamentos do evento. No entanto, como de costume, os textos não abordam questões logísticas, como a crise de hospedagens em Belém, que têm gerado preços abusivos e atenção das autoridades de defesa do consumidor, com possíveis implicações jurídicas.
