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CLIMA

COP30 buscará evitar vetos para destravar negociações climáticas

Presidente da conferência diz que foco em Belém será impedir bloqueios e garantir início das negociações com boa vontade entre países

13 outubro 2025 - 16h05Renan Monteiro
Representantes de cerca de 70 países participaram do encontro preparatório da COP30, nesta segunda-feira (13), em Brasília
Representantes de cerca de 70 países participaram do encontro preparatório da COP30, nesta segunda-feira (13), em Brasília - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A poucos meses da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o presidente do evento, André Corrêa do Lago, destacou nesta segunda-feira (13) a importância de evitar bloqueios durante as negociações. A declaração foi feita durante o encontro preparatório da COP, que ocorre em Brasília com representantes de cerca de 70 delegações.

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"A primeira coisa é segurar a boa vontade de todos para que a COP possa começar já com negociações. O objetivo é evitar que pontos não consensuais sejam anexados às pautas e, com isso, travem os acordos", explicou Corrêa do Lago.

Como o processo de decisão é feito por consenso, qualquer país pode vetar resoluções. Por isso, a estratégia central da presidência brasileira será garantir que não haja paralisações, seja por falta de acordo sobre metas climáticas, seja por disputas em torno de financiamento.

Adaptação e multilateralismo em pauta - A secretária-executiva da COP30, Ana Toni, também participou do encontro e enfatizou que a adaptação — ou seja, a resposta aos efeitos das mudanças climáticas, como secas e enchentes — segue como uma das principais preocupações de países em desenvolvimento. Ela também destacou o fortalecimento do multilateralismo como sinal positivo.

Apesar disso, os temas centrais ainda seguem sem avanços concretos: Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e financiamento climático. A União Europeia, por exemplo, ainda não se manifestou sobre a possibilidade de participar do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta brasileira que busca substituir o modelo de doações por um sistema de investimentos sustentáveis.

A COP30 será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA). Será a primeira vez que o evento ocorre na Amazônia e a expectativa do governo brasileiro é de transformar a conferência em um marco de compromisso com o combate às mudanças climáticas.

O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), André Corrêa do Lago, voltou a defender nesta segunda-feira, 13, o papel do grande evento para avançar nas negociações climáticas. Disse também que uma das prioridades em Belém (PA) será "evitar bloqueios" de um lado ou do outro, ou seja, anexação de pontos não consensuais na agenda de ações. Cada delegação tem direito a veto.

Para qualquer acordo ser fechado, nenhum país pode se opor formalmente. O encontro preparatório da 30ª Conferência está ocorrendo neste momento com cerca de 70 delegações. "A primeira coisa é segurar a boa vontade de todos para que a COP possa começar já com negociações", declarou Corrêa do Lago, em conversa com jornalistas.

Ana Toni, secretária-executiva da COP30, comentou que além do fortalecimento do multilateralismo, outro tema recorrente nas falas desta segunda foi a adaptação - ou seja, as estratégias elaboradas por países, especialmente em desenvolvimento, para responder aos impactos das mudanças climáticas, como secas e enchentes.

Até o momento, no encontro preparatório, os países ainda não avançaram nos pontos mais relevantes para a negociação em Belém (PA): Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e financiamento climático. Houve poucas falas espontâneas e muitas declarações oficiais.

A União Europeia, por exemplo, ainda não confirmou a possibilidade de contribuir com o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que propõe um novo modelo de financiamento baseado em investimento, e não apenas em doações. As reuniões preparatórias antecedem e preparam o terreno para as negociações.

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