
Com menos de três meses para o início da COP30, em Belém, a organização do evento ainda enfrenta desafios em relação à hospedagem das delegações internacionais. Até o momento, apenas 39 países confirmaram suas reservas na plataforma de hospedagem do governo brasileiro. Outros oito países, como Egito, Japão e Noruega, optaram por fazer as reservas por conta própria.

Diante desse cenário, o governo brasileiro está criando uma força-tarefa para ajudar na negociação de acomodações. A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, afirmou que a cidade sede não será alterada, apesar das dificuldades. A previsão é que o evento ocorra de 10 a 21 de novembro, mas as questões de hospedagem já são um ponto de atenção.
De acordo com o governo, a plataforma oficial oferece atualmente mais de 2.600 quartos disponíveis, com preços de até US$ 600. Além disso, estão sendo feitas adaptações, como a transformação de escolas em albergues, para acomodar diferentes perfis de delegações. Para garantir que o número de leitos será suficiente, o governo brasileiro já prevê a redistribuição de pessoas para novas acomodações caso o evento se estenda.
A ONU havia solicitado que o Brasil financiasse a estadia de algumas delegações, especialmente dos países mais pobres, mas essa proposta foi recusada. O governo brasileiro, em resposta, pediu à ONU que aumentasse a contribuição financeira oferecida às nações participantes.
Além disso, a crise de preços elevados das acomodações está afetando países de diferentes partes do mundo, e 29 nações assinaram uma carta pedindo que o Brasil reconsiderasse a cidade sede. Contudo, o governo brasileiro reafirmou que a COP30 ocorrerá em Belém, destacando a importância de soluções locais e a colaboração com a ONU para resolver os problemas logísticos.
Em resposta, uma força-tarefa foi montada, envolvendo diversos ministérios, para ajudar a resolver a crise de hospedagem. A ideia é que esse grupo busque alternativas viáveis para acomodar as delegações, com foco inicial nos países mais afetados, como os mais pobres. A flexibilização das reservas também foi uma medida adotada, permitindo a reserva de pacotes de 10 dias em vez de 15 dias, como era inicialmente exigido.
Apesar dos desafios, o governo acredita que as ações adotadas, juntamente com o apoio da ONU, permitirão que a COP30 seja realizada com sucesso em Belém, mantendo a cidade como o centro de discussões ambientais globais.
