O quinto dia da COP-30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, foi marcado por mais uma manifestação de povos indígenas na entrada da chamada Zona Azul, em Belém (PA). Enquanto líderes globais e representantes governamentais debatiam metas ambientais do lado de dentro, vozes tradicionais cobravam escuta e ação na parte de fora.
O presidente da COP, o diplomata André Corrêa do Lago, esteve pessoalmente com os manifestantes, em um gesto simbólico que expôs a distância entre decisões políticas e as urgências de quem vive na linha de frente dos impactos ambientais.
Esta é a primeira COP realizada em um país democrático desde 2021. A última edição ocorreu nos Emirados Árabes Unidos, sob rígido controle estatal. Agora, no Brasil, o clima político permitiu que protestos, marchas e ocupações de espaços públicos se tornassem parte do debate climático.
A programação da COP-30 neste sábado (15) inclui um dos atos mais esperados da conferência: a Marcha Mundial pelo Clima. O evento deve reunir milhares de ativistas ambientais, integrantes de movimentos sociais e representantes de organizações internacionais em um grande protesto pelas ruas de Belém.
Com palavras de ordem, faixas e cantos, a marcha busca pressionar as lideranças políticas por compromissos mais firmes contra o avanço das mudanças climáticas e por justiça climática global.
Dira Paes participa com filme sobre o Pará - Outro destaque deste sábado na programação oficial é a participação da atriz paraense Dira Paes, que volta ao estado para apresentar o longa “Pasárgada”, seu primeiro trabalho como diretora. O filme terá sessões especiais durante a COP-30 e se conecta diretamente com o debate sobre território, pertencimento e meio ambiente.
A presença de Dira amplia a pauta cultural dentro da conferência e aproxima a arte da reflexão sobre a Amazônia e seus habitantes.

