
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta sexta-feira (26) as tentativas de última hora de China e Rússia para adiar a reimposição de sanções ao Irã. A decisão ocorre após potências ocidentais alegarem que semanas de negociações com autoridades iranianas não resultaram em avanços concretos.

As sanções de snapback, previstas no acordo nuclear firmado em 2015, entram em vigor neste sábado (27). Entre as medidas, estão o congelamento de ativos iranianos no exterior, a interrupção de acordos de venda e compra de armas e restrições ao desenvolvimento de mísseis balísticos, ampliando a pressão sobre a já fragilizada economia do país.
China e Rússia defenderam a prorrogação do prazo para que novas negociações pudessem ser realizadas, mas não obtiveram apoio suficiente no Conselho. Estados Unidos, França e Reino Unido sustentaram que Teerã não cumpriu compromissos mínimos e segue expandindo seu programa nuclear.
O retorno das sanções deve agravar a crise econômica iraniana, já afetada por restrições internacionais anteriores e pela queda nas exportações de petróleo. Além disso, tende a aumentar o isolamento diplomático do governo de Teerã, que tem buscado maior aproximação com países como Rússia e China em resposta à pressão ocidental.
