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DIREITOS HUMANOS

Campo Grande propõe banco de dados integrado e mais 30 ações para fortalecer direitos humanos

Durante conferência regional, representantes públicos e civis apontam caminhos para garantir dignidade e ampliar cidadania na capital sul-mato-grossense

28 julho 2025 - 17h30
A conferência contou com apresentações culturais
A conferência contou com apresentações culturais - Foto: Divulgação
Terça da Carne

A criação de um banco de dados compartilhado entre os governos municipal, estadual e federal e outras 30 propostas voltadas ao fortalecimento das políticas públicas de direitos humanos foram as principais diretrizes aprovadas na 7ª Conferência Regional de Direitos Humanos de Campo Grande e Região. O evento teve como foco construir caminhos mais efetivos para garantir dignidade, cidadania e justiça social para a população.

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Realizada pela Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SAS), a conferência reuniu 111 participantes, entre representantes do poder público, sociedade civil e organizações sociais. O encontro teve como tema “Por um Sistema Nacional de Direitos Humanos: consolidar a democracia, resistir aos retrocessos e avançar na garantia de direitos a todas as pessoas” e definiu os 24 delegados que vão representar a região na próxima etapa, de nível estadual.

Entre as propostas apresentadas, uma das mais relevantes foi a criação de um banco de dados unificado entre os três níveis de governo. A ideia é facilitar o acesso da população aos serviços públicos, promovendo um acolhimento mais eficiente nas áreas de saúde, educação e assistência social. A medida também visa ampliar a eficácia das políticas públicas intersetoriais e contribuir para o fortalecimento da rede de proteção social.

Durante a conferência, foram eleitos 24 delegados, sendo 19 do Poder Executivo. Esses representantes terão o papel de levar as propostas debatidas para a etapa estadual da conferência, prevista para acontecer ainda neste semestre. A escolha dos delegados reforça o objetivo do evento: promover o diálogo social e construir políticas públicas voltadas à garantia de direitos e à redução das desigualdades.

Direitos humanos como base para outras políticas

A superintendente de Direitos Humanos da SAS, Priscilla Justi, destacou a importância do tema para o trabalho da assistência social. “Falar de direitos humanos é falar do que dá sentido ao nosso trabalho, do cuidado, do respeito e da dignidade. Essa política conecta todas as áreas, como saúde, educação, cultura e segurança, e é fundamental para que as outras políticas tenham mais sentido”, afirmou.

Já o secretário de Políticas de Direitos Humanos do Estado, Bem-Hur Ferreira, falou sobre os desafios enfrentados na construção dessas políticas. Ele ressaltou ainda a importância histórica da luta por direitos no Estado, citando os ancestrais quilombolas e a necessidade de garantir mais recursos e apoio institucional para que as ações de direitos humanos avancem.

A secretária de Assistência Social e Cidadania de Campo Grande, Camilla Nascimento, também participou do evento e reforçou a importância da atuação conjunta entre poder público e comunidade. “Precisamos estar próximos, trabalhar juntos e passar essa energia de solidariedade. Quando unimos forças, conseguimos resultados mais efetivos na luta por direitos iguais e justiça social”, disse.

Valorização cultural e reflexão histórica

A conferência contou ainda com apresentações culturais que celebraram a cultura afrodescendente sul-mato-grossense e uma palestra magna ministrada pelo professor doutor em Antropologia, Diógenes Egídio Cariaga. Em sua fala, o professor fez um resgate da história das políticas públicas de direitos humanos no Brasil e destacou a importância da educação para a conscientização social e para o avanço das ações governamentais voltadas à promoção da dignidade humana.

Com as diretrizes estabelecidas e os delegados eleitos, os próximos passos envolvem a participação dos representantes regionais na conferência estadual, que vai reunir contribuições de diversas regiões de Mato Grosso do Sul. O objetivo é consolidar as propostas e definir ações efetivas de políticas públicas que tenham impacto direto na vida das pessoas.

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