
Na manhã desta terça-feira (12), o Diário Oficial trouxe de volta uma tradição que parecia esquecida em Amambai. O concurso de frases, criado para marcar os aniversários da cidade, será retomado depois de cinco anos sem edição. A pausa começou em 2020, quando a pandemia suspendeu aulas presenciais e o jogo de criar frases para contar a história local perdeu espaço para a urgência sanitária.

A primeira edição aconteceu em 2018, no aniversário de 70 anos do município. Foram 12 escolas participantes, centenas de frases inscritas e um júri formado por professores aposentados. Na época, o prêmio incluía tablets e cursos de robótica ou inglês, além das bicicletas. No ano seguinte, na edição dos 71 anos, o formato se repetiu e rendeu frases como “Amambai 71 anos, teu passado é gratidão e teu futuro é esperança”. Depois, veio o silêncio forçado pela Covid-19.
Agora, o concurso volta com o mesmo formato essencial: a frase deve ter até 15 palavras e conter “AMAMBAI 77 ANOS”. É produção individual — nada de imagens ou slogans prontos. A disputa está aberta a três grupos: do 1º ao 5º ano, do 6º ao 9º e do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, tanto das escolas públicas quanto das privadas.
O calendário é curto: entre amanhã (13 de agosto) e o fim do mês, cada estudante escreve sua frase na própria escola. No dia 8 de setembro, as instituições enviam as escolhidas para a Câmara Municipal. Nos dias 16 e 17, um júri novamente composto por professores aposentados vai avaliar as criações.
A entrega dos prêmios está marcada para a semana de 28 de setembro, quando Amambai completa 77 anos de emancipação. A cerimônia será em sessão solene no plenário “Lourino Jesus de Albuquerque”, na Câmara Municipal. Os alunos finalistas serão chamados um a um para receber medalhas, e os vencedores de cada categoria ganharão bicicletas novas
— nove ao todo. As escolas receberão troféus, entregues pelos vereadores.
Para a Câmara, a disputa tem uma função que vai além da comemoração. É um jeito de fazer com que crianças e adolescentes aprendam a resumir, em uma frase curta, o que significa viver na cidade. Uma forma de misturar história local com treino de escrita, de aproximar alunos do poder legislativo e de criar pequenas peças de memória coletiva que sobrevivem ao calendário das festas.
