
Entre os dias 23 e 24 de setembro, o governo de Mato Grosso do Sul vai depositar a primeira parcela do 13º salário para cerca de 82 mil servidores ativos e inativos. A antecipação deve colocar aproximadamente R$ 300 milhões em circulação no Estado e já anima comerciantes e empresários. A segunda parte do benefício será paga em dezembro.

O recurso chega em um momento considerado estratégico pelo setor varejista. Parte do dinheiro deve ser usada para consumo imediato e outra parte para quitar dívidas. Para a economista Regiane Dedé de Oliveira, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS), o impacto é duplo. “Esse recurso extra no bolso dos servidores pode ter dois efeitos positivos: de um lado, impulsiona o consumo imediato, especialmente em setores como vestuário, calçados, alimentação e lazer. De outro, ao permitir a quitação de dívidas, libera margem de crédito e dá maior segurança para compras futuras, contribuindo para manter a roda da economia girando.”
Expectativa do setor - Segundo Edison Araújo, presidente do IPF-MS e do Sistema Comércio MS, a medida é um alívio para o setor. “Essas estimativas são animadoras para o empresário do comércio do Estado e é um incentivo para que o setor se prepare para atender às necessidades desse segmento, cada vez mais relevante na economia e com poder de compra.”
A injeção de recursos deve ser sentida também nas datas comemorativas. Uma pesquisa feita pelo IPF-MS em parceria com o Sebrae-MS mostrou que, mesmo com queda no gasto médio, aumentou o desejo de presentear. Para o comércio, o Dia das Crianças, em outubro, deve ser o primeiro termômetro desse efeito.
O pagamento da primeira parcela inclui servidores que receberam em 2025 benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão e salário-maternidade.
