
Com foco na alfabetização na idade certa, o Governo de Mato Grosso do Sul vem colhendo resultados significativos nos indicadores de desempenho da Educação Básica. Dados recentes mostram aumento da taxa de aprovação para 92,75%, queda na retenção para 6,57% e uma das mais baixas taxas de abandono escolar do país: apenas 0,11%. O destaque, no entanto, é o crescimento de 17% no índice de estudantes alfabetizados no estado — o segundo melhor resultado nacional, segundo o Ministério da Educação, via Inep.
Esses avanços são impulsionados pelo programa MS Alfabetiza, criado para reforçar o processo de aprendizagem desde as séries iniciais. Em execução desde 2021, o programa atua em colaboração com os 79 municípios, promovendo formações contínuas, distribuição de materiais pedagógicos e apoio técnico para educadores. O objetivo é claro: garantir que todas as crianças aprendam a ler e escrever com autonomia até o 2º ano do Ensino Fundamental.
“Educação é um dos focos da nossa gestão”, afirmou o governador Eduardo Riedel. “Mato Grosso do Sul teve um crescimento de oito pontos, 17% de aumento na alfabetização, graças a uma parceria com os municípios e à atuação da SED (Secretaria de Estado de Educação). Também temos o programa MS Alfabetiza, que está fazendo a diferença”, reforçou.
Um dos grandes exemplos do impacto do MS Alfabetiza vem da Escola Municipal Indígena Francisco Farias, na aldeia Água Branca, em Aquidauana. A unidade foi a primeira colocada no prêmio Escola Destaque 2025, entregue em setembro, e atende 156 alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
A diretora da escola, Denise da Silva — indígena terena — explica que o diferencial está no trabalho coletivo e no respeito ao contexto cultural. “Temos uma equipe boa de professores da educação infantil ao segundo ano, com trabalho coletivo. O MS Alfabetiza oferece capacitação, formação e materiais pedagógicos. Isso motiva os alunos. Eles adoram coisas coloridas, diferentes. E fazemos tudo na escola, colocamos a aldeia ali e eles adoram. Alfabetizar é um trabalho difícil e leva tempo, presença”, contou.
Segundo Maria Gorete Siqueira Silva, coordenadora estadual do programa, o reconhecimento à escola indígena reflete a força do modelo colaborativo e o respeito às especificidades locais. “O fato de uma escola indígena ter alcançado o primeiro lugar demonstra que o MS Alfabetiza, aliado às ações da rede municipal, tem conseguido promover equidade e qualidade no processo de ensino e aprendizagem”, afirmou.
O programa atua também como parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), instituído em 2023 para garantir o direito à alfabetização de todas as crianças brasileiras. A estratégia sul-mato-grossense combina planejamento pedagógico intencional, acompanhamento individualizado, uso de dados para orientar decisões e aproximação entre escola e família.
“O trabalho com foco na alfabetização está centrado em garantir que todas as crianças leiam e escrevam com autonomia até o 2° ano do Ensino Fundamental”, acrescentou Maria Gorete.
A Rede Estadual de Ensino (REE) conta com 348 unidades escolares, sendo 75 em Campo Grande e 273 distribuídas pelos demais municípios. Ao todo, são 187,5 mil estudantes atendidos entre Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e cursos técnicos. A oferta de ensino em tempo integral também avança, com 213 escolas nesse modelo — o que representa 62% da rede estadual — beneficiando 39 mil alunos.
Para o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, o sucesso do programa passa pelo envolvimento direto das escolas e comunidades. “O trabalho é realizado por toda a Rede Pública de Ensino, pelas escolas que estão na ponta, com acompanhamento, planejamento pedagógico, execução das atividades e engajamento das nossas comunidades escolares em todo o Mato Grosso do Sul”, ressaltou.


