O Consórcio Guaicurus, responsável pelos ônibus em Campo Grande, informou que segue as regras previstas em contrato e que está trabalhando para equilibrar o sistema, mesmo com as dificuldades causadas pela queda no número de passageiros.
Nos últimos anos, o total de usuários do transporte coletivo caiu quase pela metade, passando de 6 milhões para cerca de 3,5 milhões. Essa redução afeta diretamente a operação e os custos para manter o serviço.
A empresa também reafirma que está em diálogo com o poder público para encontrar soluções que ajudem o transporte coletivo a continuar atendendo a população com qualidade.
Sistema enfrenta desafios, mas segue operando - Durante a CPI do Transporte Público, realizada pela Câmara Municipal, o diretor-presidente da Agetran, Paulo da Silva, disse que o consórcio recebeu autuações por infrações ao longo dos últimos 12 anos. Segundo ele, nenhuma das multas foi paga até agora porque a empresa recorre de todas, como é direito garantido pela lei.
As infrações somam 17.600 desde 2012. Em 2023, foram 6 mil autuações. Mesmo assim, o Consórcio Guaicurus continua cumprindo o que está previsto no contrato e segue atuando para melhorar o transporte na cidade.
Frota e novas linhas em análise - Sobre a redução na quantidade de ônibus, Paulo explicou que essa decisão foi tomada em administrações passadas, quando o número de passageiros já vinha diminuindo. Agora, a Agetran está estudando novas linhas e mudanças, com base na contagem de usuários e na demanda atual.
Apesar das reclamações citadas pelos vereadores durante a CPI, o consórcio segue trabalhando junto com a prefeitura e as agências reguladoras para garantir um serviço mais eficiente.
Relatórios e fiscalização em andamento - Durante a audiência, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) cobrou relatórios que fazem parte do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Tribunal de Contas do Estado. O diretor da Agetran informou que alguns relatórios já foram feitos e que os demais estão em andamento.
Ele também disse que a portaria que define como esses relatórios devem ser feitos pode passar por mudanças, para se ajustar melhor às necessidades da cidade e do sistema.
Diálogo continua aberto - Até o momento, o Consórcio Guaicurus optou por não se pronunciar publicamente sobre as discussões da CPI, mas reforça que segue à disposição das autoridades e que está comprometido com a melhoria do serviço prestado à população de Campo Grande.
A CPI do Transporte Público continuará ouvindo ex-diretores da Agetran e da Agereg nos próximos dias. As discussões devem ajudar a apontar caminhos para o futuro do transporte coletivo na Capital.
