
O deputado estadual Lidio Lopes alertou nesta quarta-feira (25), durante a 16ª Conferência Municipal da Assistência Social de Campo Grande, que a nova forma de repasse de recursos está atrapalhando o trabalho das prefeituras. Por causa de uma mudança no repasse do Fundo de Investimento Social (FIS), que agora está dentro do ICMS, as cidades estão com mais dificuldade para comprar cestas básicas, cobertores e outros itens importantes para atender famílias carentes.

A conferência foi realizada na Uniderp e reuniu profissionais da assistência social, gestores públicos, entidades e pessoas atendidas pelos serviços. O encontro comemora os 20 anos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), criado para organizar os atendimentos sociais nos municípios.
Trabalho importante, mas sem apoio suficiente - Durante sua fala, Lidio elogiou o trabalho feito pelos profissionais da área social e destacou que esse tipo de atividade exige compromisso e dedicação. “Trabalhar com assistência social é uma missão. Quem faz isso, faz com amor e por vocação”, disse o deputado.
Ele explicou que, antes, os municípios recebiam diretamente o valor do FIS e conseguiam planejar com mais facilidade as ações sociais. “Com esse dinheiro, as prefeituras já sabiam o que podiam fazer: comprar cestas, cobertores, pagar ações emergenciais. Agora, com o valor dentro do ICMS, o repasse chega atrasado e, muitas vezes, incompleto. Isso atrapalha muito”, explicou.
Proposta para garantir verba fixa para o setor - Lidio, que também é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social na Assembleia Legislativa, falou sobre a necessidade de garantir dinheiro fixo para a área social, como já acontece com saúde e educação. Ele apoia a criação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obrigue governos a separar um valor mínimo para assistência social.
“Hoje, quando vem uma crise, o setor social é um dos primeiros a sofrer com cortes. Se a gente tiver uma lei que garante esse valor no orçamento, a assistência social vai continuar funcionando bem, mesmo com dificuldades no país”, defendeu.
Juntos é mais fácil ajudar - No fim do seu discurso, Lidio pediu união entre os profissionais, governos e entidades para fortalecer a rede de atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade. “Um sonho sozinho é só um sonho. Mas, quando a gente sonha junto, ele pode virar realidade. Vamos juntos lutar por uma assistência social mais forte e presente na vida das pessoas”, concluiu.
O recado do deputado foi claro: sem dinheiro suficiente e regular, fica difícil para as prefeituras ajudarem quem mais precisa.
