Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
05 de outubro de 2025 - 19h03
pmcg
SERVIÇO PÚBLICO

Governo espera abstenção menor na segunda edição do Enem dos Concursos

Com menos vagas e inscrições, CNU 2025 teve público mais especializado e segurança reforçada, diz ministra Esther Dweck

5 outubro 2025 - 16h00
Com menos inscritos, CNU 2025 deve ter abstenção menor e atrair candidatos mais preparados, diz governo.
Com menos inscritos, CNU 2025 deve ter abstenção menor e atrair candidatos mais preparados, diz governo. - Valter Campanato/Agência Brasil

O governo federal espera uma taxa de abstenção mais baixa na segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos Concursos”. A prova foi aplicada neste domingo (5) em todo o país, com 761.528 inscritos disputando 3.652 vagas em 32 órgãos federais.

Canal WhatsApp

Segundo a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, cerca de 600 mil candidatos acessaram o cartão de confirmação com local de prova, o que pode indicar um índice de comparecimento acima de 70%.

“Apesar de ter tido menos inscrições [neste ano], são mais de 761 mil inscritos. A gente tem uma expectativa que o comparecimento proporcional será maior. Quase 600 mil pessoas dessas 761 mil acessaram o seu cartão de confirmação”, afirmou a ministra, durante visita a um centro universitário em Brasília, onde mais de 7 mil candidatos estavam inscritos para fazer a prova.

A estimativa é que o índice de abstenção fique em torno de 25%, uma redução significativa em relação à edição anterior, que registrou 54,12% de ausência — quando cerca de 970 mil dos 2,1 milhões de inscritos compareceram.

Menos vagas e fim da novidade

A ministra atribuiu a queda no número de inscritos à redução de vagas e ao fim do fator “novidade”. “O primeiro ano foi uma grande novidade. Não havia concurso dessa dimensão há mais de dez anos no Brasil”, afirmou Dweck. “Foram pouco mais de 2 milhões de pessoas inscritas e 1 milhão que compareceram no dia da prova. Era uma quantidade de vagas muito grande e cargos que estavam havia muitos anos sem concurso.”

Nesta edição de 2025, o número de vagas caiu quase pela metade em relação ao ano anterior — de 6.640 para 3.652. Com isso, o perfil do candidato também mudou: o governo acredita que o público deste ano é mais preparado e está efetivamente interessado nos cargos ofertados.

Segurança reforçada após denúncias

A realização do concurso foi acompanhada de forte esquema de segurança, com uso de detectores de metal, monitoramento eletrônico e atuação da Polícia Federal. A ministra destacou que a operação da PF realizada na semana passada, que desmantelou um esquema de fraudes na primeira edição do CNU e em outros concursos estaduais, foi fruto de ações conjuntas com o governo.

“A operação que houve esta semana é fruto da nossa operação de segurança no primeiro concurso. Foi a troca de informações com a Polícia Federal que permitiu desbaratar quadrilhas”, afirmou Dweck.

Seis candidatos são investigados por suposta fraude no CNU. Três foram eliminados preventivamente, e outros três aguardam decisão judicial. “A gente não pode tirar ninguém sem provas absolutas”, explicou a ministra, ressaltando o compromisso com a lisura do processo: “Não deixaremos que fraudadores roubem vagas de quem fez a prova honestamente.”

Futuro do CNU

Apesar do sucesso operacional do concurso, o governo federal não planeja realizar uma nova edição do CNU em 2026. Segundo Dweck, a proposta de Orçamento enviada ao Congresso não prevê recursos para um novo “Enem dos Concursos”. Haverá apenas autorizações pontuais para concursos específicos e verba para convocar excedentes das provas de 2024 e 2025.

O CNU foi idealizado como uma forma de centralizar e simplificar o acesso a cargos públicos federais, por meio de um modelo unificado de seleção. A segunda edição confirmou a consolidação do formato, mas também evidenciou os limites orçamentários e administrativos da iniciativa.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas