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18 de dezembro de 2025 - 02h37
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Justiça

CLAUDIONOR DUARTE: O mais antigo desembargador do TJ-MS completa 27 anos no exercício da magistratur

Editor
Claudionor - Foram anos de empenho e dedicação. Salvo por motivo de doença, nunca faltei a uma sessão
Claudionor - Foram anos de empenho e dedicação. Salvo por motivo de doença, nunca faltei a uma sessão - Valquíria Oriqui

Antes de Claudionor, o desembargador Rui Garcia Dias foi o que mais tempo permaneceu no cargo, pois atuou por 26 anos e 16 dias. O fato passaria despercebido se não fosse 2014 um ano em que o Tribunal de Justiça passa por completa renovação na formação do Tribunal Pleno.
Para se ter uma idéia, desde o início do ano, três desembargadores se aposentaram: Hildebrando Coelho Neto, Josué de Oliveira e João Batista da Costa Marques. Os juízes Marcelo Câmara Rasslan e Amaury da Silva Kuklinski foram promovidos ao cargo de desembargador e outros dois juízes, Odemilson Roberto Castro Fassa e Vilson Bertelli, convocados para ocupar as vagas restantes até que sejam preenchidas.

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Questionado sobre como é chegar a uma fase tão importante na carreira e na vida, já que no mesmo dia ele completou 67 anos, Claudionor não escondeu a emoção. “Fui nomeado muito cedo”, explicou, lembrando que foi empossado no Tribunal com 40 anos idade.
Ao falar sobre os 27 anos como integrante da mais alta Corte de Mato Grosso do Sul, ele garantiu que nada faria diferente. “Foram anos de empenho e dedicação. Salvo por motivo de doença, nunca faltei a uma sessão, nunca disputei cargo em comissão”, e brincou: “tudo que conquistei foi pela antiguidade”.

Ser o decano da Corte, segundo ele, não é fácil. “Pense em ser o mais antigo a cada sessão? A responsabilidade aumenta. Ser o primeiro voto em tudo, sabendo que tem 29 a votar depois de você, não é uma posição confortável. É preciso muita responsabilidade com o que se fala, com o conteúdo do voto. Devemos pensar bem, refletir e principalmente saber ouvir. E ouvir o silêncio”, confessou.

Algum arrependimento? “A gente tem que seguir o caminho, tem que olhar pra frente. É lógico que estou feliz trabalhando, mas não tem mais ninguém na ativa que conheci quando tomei posse. Naquela época eram 11 desembargadores e fomos quatro empossados. Todos já aposentaram e alguns até faleceram, só eu estou na ativa ainda”, contou.

Com os olhos marejados de emoção depois de contar uma das muitas histórias vividas em quase três décadas de magistratura, Claudionor garantiu: “Aposentar? Uma hora vou ter que deixar o Tribunal, mas sem olhar pra trás. É pra frente que se olha e temos ainda muita coisa para fazer. Devemos pensar no futuro. E o futuro é agora”, concluiu.

Conheça – Nascido em Albuquerque, pequeno distrito de Corumbá, Claudionor formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Faculdade Paulista de Direito. Ingressou na magistratura como desembargador na vaga correspondente ao quinto constitucional reservada aos advogados em 1987.

Antes de ser desembargador, foi presidente e vice-presidente da OAB/MS, Secretário de Estado e Segurança Pública e foi o primeiro procurador do Estado de Assuntos Administrativos, na época da divisão do então Mato Grosso, quando foi criado o Mato Grosso do Sul. Claudionor foi Corregedor-Geral de Justiça no biênio 1993/1994; vice-presidente e corregedor do TRE/MS, no biênio 2001/2002, presidiu o TRE/MS no biênio 2003-2004 e o Tribunal de Justiça no biênio 2005/2006. Em 2012 deixou de atuar na Câmara e na Seção Criminal para voltar à área Cível .

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