
O dia começou com sol e terminou com pingos na janela. No último domingo de março, Campo Grande acordou ensolarada, com aquele céu azul lavado que costuma enganar até os mais precavidos. Mas, como já havia sido previsto, a chuva apareceu no fim da tarde. Não veio de forma intensa, tampouco uniforme. Foi tímida em alguns bairros, generosa em outros. O suficiente para mudar o cheiro do ar.
No Jardim Paulista, no Parque Lageado e no Oliveira II, moradores relataram garoa leve. Um desses domingos em que dá para continuar a caminhada na calçada, mas com o guarda-chuva na mão, só por garantia. Já no Vivendas do Bosque e no bairro Novos Estados, o enredo foi outro: começou fraco, parou por alguns minutos, e voltou mais forte, fazendo os carros reduzirem a marcha e as janelas se fecharem com pressa.
O céu, que até então parecia intocável, ficou cinza. A luz mudou. E por alguns minutos, a cidade se calou sob o som da chuva fina — dessas que limpam a poeira do asfalto e abaixam um pouco a temperatura.
O aviso estava dado - Segundo os meteorologistas, as nuvens não foram surpresa. O Climatempo já havia alertado sobre a aproximação da primeira frente fria do ano, prevista para esta semana. O fenômeno veio acompanhado por uma combinação clássica: calor intenso e umidade elevada, ingredientes ideais para formar instabilidades na atmosfera.
A previsão é que a frente fria ganhe força entre segunda (31) e terça-feira (1º), com chuvas mais expressivas nas regiões sul, sudoeste, central e oeste de Mato Grosso do Sul. A promessa é de volumes maiores e temperaturas em leve queda.
Por enquanto, a chuva deste domingo serviu como aviso — um aceno molhado de que o tempo vai virar.

