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19 de setembro de 2025 - 16h24
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EDUCAÇÃO & SAÚDE

Ceará veta alimentos ultraprocessados nas merendas escolares até 2027

Lei sancionada por Eumano de Freitas estabelece redução gradual, com meta de eliminar totalmente ultraprocessados em escolas públicas e privadas do estado

18 setembro 2025 - 15h35
Lei sancionada proíbe ultraprocessados nas merendas escolares do Ceará; mudanças chegam de forma gradual até 2027.
Lei sancionada proíbe ultraprocessados nas merendas escolares do Ceará; mudanças chegam de forma gradual até 2027. - Foto Reprodução
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O governador do Ceará, Eumano de Freitas, sancionou nesta quinta-feira (18) uma lei que determina a proibição dos alimentos ultraprocessados nas merendas escolares em todo o estado. A regra vale tanto para escolas públicas quanto para instituições particulares, com cronograma de implementação gradual até 2027.

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De acordo com o novo dispositivo legal, em 2026 os ultraprocessados só poderão compor até 10% do cardápio escolar. A partir de 2027, a meta é que sejam completamente eliminados das refeições oferecidas aos estudantes.

Pauta global de alimentação escolar

A lei foi sancionada durante a abertura da 2ª Cúpula da Coalização Global para Alimentação Escolar, em Fortaleza, evento que reúne representantes de mais de 80 países. O vicepresidente da República, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia. Também assinaram a legislação o ministro da Educação, Camilo Santana, e Cindy McCain, Diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos.

Alckmin elogiou a medida, mas não confirmou se há estudos para estender norma semelhante a nível nacional.

Precedentes federais e contexto regulatório

Em fevereiro deste ano, o governo federal já havia reduzido de 20% para 15% o limite de ultraprocessados permitidos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para 2025. A resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação, prevê que este limite será reduzido para 10% em 2026.

O PNAE atende cerca de 40 milhões de crianças e jovens em 150 mil escolas de todos os municípios brasileiros, servindo centenas de milhões de refeições por ano.

Impactos esperados

A nova lei estadual reforça o compromisso de promover alimentação mais saudável, priorizando alimentos menos processados, valorização da produção local, diversidade regional e cultura alimentar. Especialistas estimam que a restrição aos ultraprocessados pode contribuir para redução de obesidade infantil, doenças metabólicas e melhoria da saúde geral dos alunos.

A medida também pode estimular produtores rurais locais e cadeias de fornecimento com padrões nutricionais mais elevados.

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