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Jovem que mutilou cavalo em Bananal se arrepende, mas pode ser preso por maus-tratos

Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, responsável pela mutilação do animal, se declarou arrependido após a repercussão do caso. Polícia apura se o cavalo estava vivo ou morto quando teve as patas decepadas

22 agosto 2025 - 08h20Fabio Grellet
'Estão me julgando, eu não sou um monstro', diz Andrey, que confessou ter mutilado cavalo com facão no interior de SP.
'Estão me julgando, eu não sou um monstro', diz Andrey, que confessou ter mutilado cavalo com facão no interior de SP. - Foto: Reprodução/TV Vanguarda
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Na última quarta-feira, 20, foi enterrado o cavalo mutilado em Bananal, no interior de São Paulo, após o caso causar grande comoção nas redes sociais. O animal teve suas patas decepadas por Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, durante um passeio de cavalgada na zona rural. O cavalo foi colocado em uma vala e enterrado com o auxílio de um trator, enquanto a Polícia Civil recolhia material para a perícia que determinará se o animal estava vivo ou morto quando foi mutilado. O resultado dessa análise ainda não foi divulgado.

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O incidente ocorreu no último sábado, 16, quando Andrey e um amigo, identificado como Dalton, percorreram quase 15 quilômetros em uma cavalgada, majoritariamente por subidas, até que o cavalo montado por Andrey parou na região da Serra do Guaraná Quente. Aparentando cansaço extremo, o animal deitou, e Dalton relatou à polícia que parecia ter dificuldades para respirar.

Segundo Andrey, que admitiu estar alcoolizado no momento, ele supôs que o cavalo tivesse morrido. "Se você tem coração, melhor não olhar", disse Andrey a Dalton antes de pegar um facão e decepá-lo. Durante o ato, Dalton gravou a cena, que foi postada nas redes sociais, viralizando e gerando forte repercussão e críticas pela atitude cruel.

Após o vídeo viralizar, o caso chegou ao conhecimento da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Civil. Equipes de veterinários foram acionadas para determinar as condições do cavalo no momento da mutilação, com a principal dúvida sendo se o animal já estava morto ou ainda estava vivo. A Lei de Crimes Ambientais prevê pena de até um ano de prisão por maus-tratos a animais, com a possibilidade de aumento da pena se o animal morrer, podendo chegar a até um ano e quatro meses de prisão.

Em entrevista à TV Vanguarda, na terça-feira, 19, Andrey se disse profundamente arrependido. "Não foi uma decisão, foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel", reconheceu. "Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro", continuou Andrey, defendendo-se das acusações. "Estava com álcool no corpo, mas não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros", completou, enfatizando seu arrependimento pelo ato.

A repercussão do caso continua, com muitas críticas à atitude de Andrey, mas também com a preocupação sobre as consequências legais que ele poderá enfrentar, dependendo do resultado da perícia.

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