
O alemão Christian Brueckner, apontado como principal suspeito no desaparecimento da britânica Madeleine McCann em 2007, poderá ser libertado da prisão em setembro deste ano. A possível soltura antecipada ocorre após o pagamento de uma multa pendente de aproximadamente US$ 1.450 (cerca de R$ 7.900 na cotação atual), segundo informaram promotores da cidade de Braunschweig, na Alemanha.

Brueckner cumpre pena por um crime não relacionado ao caso McCann. Com a quitação da dívida judicial, ele pode deixar o presídio no dia 17 de setembro, mais de um ano antes da data inicialmente prevista, janeiro de 2026.
O valor pago refere-se a condenações anteriores de Brueckner, ligadas a falsificação de documentos e lesão corporal. A revista alemã Der Spiegel revelou que uma ex-funcionária da Polícia Criminal Federal da Alemanha foi responsável por quitar o débito. No entanto, ela teria tentado cancelar o pagamento ao descobrir posteriormente a identidade do beneficiado.
De acordo com o Ministério Público de Braunschweig, caso se confirme que a transferência foi feita por engano, será avaliada a possibilidade de reembolso.
Embora não tenha sido formalmente acusado no caso do desaparecimento de Madeleine, Brueckner é investigado pelas autoridades alemãs sob suspeita de homicídio. Ele vivia em Portugal no período em que a criança sumiu e chegou a residir na região da Praia da Luz, no Algarve, local onde a menina foi vista pela última vez.
Brueckner nega envolvimento no sumiço da criança, que tinha três anos à época. Ela dormia em um quarto junto dos irmãos gêmeos enquanto os pais estavam em um restaurante próximo. O caso segue sem solução e continua sendo investigado por forças policiais de Portugal, Reino Unido e Alemanha.
A informação sobre a antecipação da soltura de Brueckner reacendeu o interesse público e midiático em torno do caso Madeleine, que há 17 anos permanece um dos maiores mistérios da polícia europeia. O pagamento da multa, aparentemente simples do ponto de vista legal, tem grande impacto simbólico, dada a gravidade da suspeita que recai sobre o detento.
