
O jovem Carlo Acutis foi oficialmente declarado santo neste domingo (7) durante cerimônia na Praça de São Pedro, no Vaticano. Ele é o primeiro da geração millennial a ser canonizado pela Igreja Católica. Conhecido por usar a internet para divulgar a fé, Acutis teve um milagre reconhecido no Brasil, em Campo Grande (MS), o que abriu caminho para sua santidade.

Carlo Acutis morreu em 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia. Mesmo com uma vida curta, se destacou por sua dedicação à fé e por criar projetos digitais voltados à evangelização. Ele foi canonizado ao lado de Pier Giorgio Frassati, jovem italiano que também teve forte atuação religiosa e social.
A Praça de São Pedro ficou lotada durante a cerimônia comandada pelo papa Leão XIV. Fiéis de diversas partes do mundo, especialmente jovens, acompanharam o momento histórico. A leitura das biografias dos dois jovens santos antecedeu a proclamação oficial feita pelo pontífice, que foi recebida com aplausos. A família de Acutis esteve presente no evento.
A canonização de Carlo Acutis estava prevista para abril, mas foi adiada por causa do falecimento do papa Francisco. Ainda assim, foi ele quem impulsionou o processo, defendendo a importância de um exemplo moderno de fé para os jovens.
Fé conectada à internet - Carlo Acutis ficou conhecido como o “influencer de Deus” por seu trabalho digital em favor da Igreja. Ele criou sites, organizou exposições virtuais e usou ferramentas online para falar sobre a Eucaristia e outros temas religiosos.
Depois de sua morte, o corpo de Acutis foi sepultado em Assis, na Itália. O local virou ponto de peregrinação. Fiéis podem ver o corpo do jovem, preservado em uma urna de vidro, vestindo calça jeans, tênis e moletom — aparência comum que se conecta com a juventude. O local é monitorado por câmera 24 horas, e a movimentação pode ser acompanhada online.
Milagre reconhecido em Campo Grande - O milagre que levou à canonização aconteceu no Brasil, mais especificamente em Campo Grande. Matheus Lins Vianna, diagnosticado aos 6 anos com uma má-formação grave no pâncreas, teve sua cura atribuída à intercessão de Carlo Acutis.
De acordo com a Igreja, o menino tocou em uma relíquia do jovem italiano após orações da família. Exames posteriores mostraram que o problema havia desaparecido, sem explicação médica. O Vaticano reconheceu oficialmente o caso em 2020.
Além do caso brasileiro, a Igreja também validou outro milagre atribuído a Acutis: a cura de uma jovem da Costa Rica que sofreu um acidente e teve lesões graves. Os dois episódios foram fundamentais para que o Vaticano concluísse o processo de canonização.
