Após manifestações de estudantes devido o resultado das provas aplicadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec) dos vestibulares da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), a entidade realizou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (13) se posicionando sobre os últimos acontecimentos. Segundo o jurídico da fundação, foram 979 recursos impetrados por 282 candidatos do vestibular da UFMS e 506 recursos de 127 candidatos das provas da UEMS.
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Um recurso, neste contexto, é geralmente uma solicitação formal feita por um candidato para revisar ou contestar algo relacionado ao processo de avaliação, como as questões da prova, as respostas fornecidas, ou os resultados obtidos.
Isso implica que alguns candidatos podem ter apresentado mais de um recurso. Por exemplo, um candidato pode ter impugnado várias questões diferentes da prova. A quantidade total de 1.485 recursos indica que houve muitas instâncias onde os candidatos sentiram a necessidade de buscar uma revisão ou um esclarecimento sobre aspectos do processo avaliativo.
Durante a conversa com a imprensa, a diretora-presidente Nilde Brum, destacou que qualquer participante do certame tem o direito de entrar com um recurso. “Mesmo que tenha acertado a questão, se não concordar com algum aspecto dela, pode recorrer. Por qualquer razão que o candidato considere relevante em relação a determinada questão, ele está autorizado a submeter um recurso. Esse recurso é então encaminhado à parte responsável para fornecer a resposta adequada”, explica.
Nilde Brum é presidente da Fapec - (Foto: Gustavo Grance/A Crítica)
Brum reforçou ainda a transparência da Fapec e a seletividade em montar um quadro por profissionais especialistas em suas áreas de atuação, mas que ainda assim, todos estão suscetíveis a erros.
“Como todos estamos sujeitos a erros, é crucial discutir o processo de elaboração e aplicação de provas, seja em vestibulares, exames seriados ou concursos. Na Fapec, priorizamos a contratação de professores titulados de universidades públicas do Mato Grosso do Sul para garantir a qualidade e a integridade de nossas bancas de elaboradores e corretores”, explica.
Brum complementa que para cada disciplina, são recrutados dois elaboradores que preparam o dobro de questões necessárias, das quais uma seleção é feita para a prova final. “Implementamos, durante nossa gestão, um sistema de correção de questões para minimizar erros, atendendo assim às demandas da população”, informa.
Segundo ela, o processo de elaboração das provas é meticulosamente seguro. “Os elaboradores trabalham independentemente, sem conhecer um ao outro, e o mesmo se aplica ao corretor, garantindo confidencialidade e segurança”, detalha.
“Outro ponto importante é a abertura para recursos. Caso um aluno se sinta prejudicado por uma questão, pode recorrer. O recurso é analisado pelo professor responsável pela elaboração da questão, e a equipe técnica da Fapec decide se a anulação é necessária, priorizando sempre a justiça e a imparcialidade”, ressalta.
No dia 7 deste mês, alunos e profissionais de vários cursinhos de Campo Grande, se reuniram na Câmara Municipal cobrando medidas, após alguns erros nas provas aplicadas da UEMS. Um dos erros é visível nas instruções da prova, onde o item 3 pede que o aluno verifique se no caderno há 60 questões, mas ao mesmo tempo, entre parênteses e por extenso, destaca 40.
