A crise no transporte aéreo dos Estados Unidos continua a impactar passageiros e companhias aéreas. A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que os cancelamentos e atrasos de voos devem aumentar ao longo da semana, mesmo que o impasse sobre a paralisação do governo federal chegue ao fim.
Com mais de um mês sem receber salários, os controladores de tráfego aéreo trabalham em número reduzido, o que obrigou a FAA a ampliar os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos norte-americanos. A agência estima reduzir as operações em 6% nesta terça-feira (11), 11% na quinta-feira (13) e 10% na sexta-feira (14), com pico de 13% na quarta-feira.
Na segunda (10), mais de 2,3 mil voos foram cancelados e outros mil previstos para esta terça já haviam sido suspensos, segundo dados oficiais.
A situação levou o ex-presidente Donald Trump a pressionar os controladores por meio das redes sociais, exigindo que “voltem ao trabalho agora” e oferecendo um bônus de US$ 10 mil para aqueles que permaneceram em serviço. Ele também sugeriu cortar o pagamento dos que se ausentaram, o que gerou forte reação de parlamentares democratas e do sindicato da categoria, que acusou o governo de “usar os profissionais como peões políticos”.
Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, ainda é necessário o aval da Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, declarou que os cortes seguirão até que o quadro de pessoal volte ao normal.
