
Campo Grande viveu um dos períodos mais secos do ano até agora. Entre os dias 1º e 15 de setembro de 2025, a capital registrou apenas 3,6 mm de chuva no ponto com maior volume acumulado, o da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O valor representa 95% abaixo da média histórica esperada para todo o mês, que é de 77,6 mm.

O levantamento foi divulgado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC), com dados obtidos em conjunto com INMET, UFMS e CEMADEN. Além do ponto da UFMS, outras quatro estações espalhadas por Campo Grande registraram índices ainda mais baixos, incluindo dois locais que não registraram nenhuma gota de chuva no período: Jardim Panamá e INMET – Embrapa.
A situação de estiagem não se limita à capital. Todos os 52 municípios monitorados em Mato Grosso do Sul registraram chuvas abaixo da média esperada para o mês. Em Aral Moreira, cidade com maior volume no estado, foram registrados 58,2 mm - ainda assim, 46% abaixo da média histórica.
Em muitos municípios, como Pedro Gomes, Corumbá, Sonora e Porto Murtinho, o volume de chuva foi zero até o momento. A seca generalizada afeta tanto áreas urbanas quanto regiões agrícolas, com impactos esperados na produção e no abastecimento de água caso o cenário persista.
A ausência de chuva, além de elevar o risco de queimadas, também pressiona o setor agrícola e pode afetar o abastecimento de água em algumas regiões se não houver mudança no clima nas próximas semanas.
As médias históricas utilizadas como base foram calculadas com dados da estação do INMET/Embrapa, referentes ao período de 1981 a 2010.
