A partir de 1º de julho, Campo Grande não terá mais voo direto para Curitiba. A companhia aérea Azul decidiu cancelar o único voo que ligava as duas cidades sem paradas. Com isso, quem quiser ir para a capital do Paraná vai precisar fazer conexão, o que deixa a viagem mais demorada e mais cara.
A Azul confirmou o fim do voo, mas não explicou o motivo. A empresa apenas informou que isso faz parte de uma mudança para “ajustar os voos à procura de passageiros”. A companhia disse também que vai ajudar os passageiros que já compraram passagem, como manda a regra da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A partir de julho, os únicos voos diretos saindo de Campo Grande serão para São Paulo, Campinas, Brasília e Cuiabá.
Outras cidades também perderam voos - Essa não foi a única mudança feita pela Azul. Em março, a empresa também cancelou o voo entre Três Lagoas e Campinas. Era o único voo comercial da cidade, que agora só vai receber aviões particulares.
Segundo a empresa, os motivos foram o aumento dos custos, problemas com peças para os aviões e menos aviões disponíveis.
Azul enfrenta crise financeira - No fim de maio, a Azul entrou com pedido de proteção contra dívidas nos Estados Unidos, um processo parecido com a recuperação judicial no Brasil. A empresa quer cortar dívidas, conseguir novos investimentos e reorganizar suas contas.
Segundo a própria Azul, ela quer eliminar mais de 2 bilhões de dólares em dívidas e captar quase 1 bilhão de dólares em novos investimentos para continuar operando.
Impacto para os passageiros - Sem o voo direto, quem precisar ir de Campo Grande para Curitiba vai gastar mais tempo e dinheiro. As conexões mais comuns devem ser em São Paulo ou Campinas.
Além disso, com menos voos, a cidade fica mais isolada e com menos opções para turismo e negócios.
Aeroporto de Campo Grande - O aeroporto da capital sul-mato-grossense é administrado pela empresa Aena e tem, atualmente, 17 voos por dia. As companhias que operam por lá são Azul, Latam e Gol. Com o fim da linha para Curitiba, o número de destinos diretos diminui, o que pode atrapalhar quem precisa viajar com mais rapidez.
Preocupação com o futuro - Para muita gente que depende do avião para trabalhar, visitar a família ou fazer negócios, essas mudanças preocupam. Especialistas dizem que, sem apoio e incentivo, mais voos podem ser cortados no futuro. Isso pode dificultar o crescimento econômico da cidade e do estado.
