
A Prefeitura de Campo Grande anunciou, nesta terça-feira (18), um pacote de investimentos de R$ 544 milhões que será destinado a obras de pavimentação e saneamento básico em mais de 33 bairros distribuídos pelas sete regiões da Capital. Os recursos foram viabilizados após a aprovação do Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), que promoveu ajustes administrativos e controle de gastos públicos.
A prefeita Adriane Lopes (PP) destacou que, após anos de dificuldades financeiras, a cidade conseguiu melhorar sua Capacidade de Pagamento (Capag), nota atribuída pelo Tesouro Nacional. “Por dez anos, Campo Grande manteve nota C. Ao aprovar o Plano, a gente já muda a Capag para B. E nós vamos chegar à Capag A”, afirmou.
O pacote de obras está previsto para ser executado ao longo dos próximos anos, com foco na melhoria da infraestrutura urbana e da qualidade de vida nos bairros.
Primeira licitação será de R$ 40 milhões - A primeira ação prática do plano foi anunciada pelo secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli. Um conjunto de licitações no valor aproximado de R$ 40 milhões será lançado nos próximos dias. O início das obras está previsto para o começo de 2026.
“Será um programa inovador, numa modelagem que nunca foi feita em Campo Grande. Cada região da cidade terá um contrato específico com uma empresa responsável”, explicou Miglioli. Ao todo, serão sete contratos, um para cada região urbana: Centro, Segredo, Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa e Imbirussu.
Parceria para baratear custos e acelerar obras - Para dar mais eficiência ao cronograma, a Prefeitura pretende adquirir diretamente a massa asfáltica da usina vinculada ao Consórcio de Municípios da região central de Mato Grosso do Sul, do qual Campo Grande faz parte. A estratégia deve reduzir custos e acelerar o ritmo de execução.
“Vai baratear o custo, além de ganhar dinamismo e produtividade”, pontuou o secretário.
O município reconhece que a pavimentação é uma das principais demandas da população. Com o novo programa, a gestão pretende restaurar pavimentos comprometidos e ampliar a malha asfáltica, incluindo ruas de bairros e avenidas importantes da cidade.
Ajustes na máquina pública abriram caminho para obras - A melhora na nota de capacidade de pagamento foi possível após a implementação de medidas do Plano de Equilíbrio Fiscal, que incluiu a redução de salários e da jornada de trabalho no setor administrativo da prefeitura.
“Neste primeiro ano, ajustamos a máquina e fizemos os cortes necessários. Agora, cada economia será reinvestida no futuro de Campo Grande”, afirmou a prefeita.
A mudança da nota Capag de C para B amplia o acesso do município a operações de crédito junto a instituições financeiras, viabilizando a captação dos R$ 544 milhões destinados às obras.
Obras estruturantes para os bairros - O novo plano abrange não apenas asfaltamento, mas também obras de drenagem e ampliação da rede de esgoto, consideradas essenciais para evitar alagamentos e garantir qualidade sanitária nas regiões mais carentes da Capital.
A expectativa da administração municipal é que, com a descentralização dos contratos por região, as empresas tenham mais agilidade para responder às demandas locais e manter um padrão de qualidade nos serviços.


