
Duas novas ações sociais foram anunciadas nesta quarta-feira (28) pela Prefeitura de Campo Grande com foco na população em situação de rua. Com a chegada das baixas temperaturas, a administração municipal coloca em prática os projetos “Inverno Acolhedor” e “Volta por Cima”, ambos coordenados pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SAS), com apoio de diversas pastas.

O objetivo é oferecer acolhimento emergencial durante as noites mais frias e criar caminhos concretos de reintegração social, especialmente para pessoas que enfrentam dependência química e vivem em situação de extrema vulnerabilidade.
Ativado já na noite desta quarta-feira, com previsão de temperatura mínima de 12°C, o projeto Inverno Acolhedor oferece um ponto fixo de apoio no Parque Ayrton Senna. Das 18h às 6h, pessoas em situação de rua terão acesso a abrigo aquecido, refeições, atendimento médico, consultório de rua, suporte psicossocial e até cuidados para seus animais de estimação.
Quem optar por permanecer nas ruas também receberá suporte, com entrega de cobertores e atendimentos de emergência realizados por equipes móveis da SAS.
“Estamos ampliando o olhar sobre essa população invisibilizada, atuando com acolhimento e dignidade. Nosso compromisso é promover oportunidades reais de transformação social”, destacou a vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Camilla Nascimento.
Reinserção social com suporte de várias secretarias - Anunciado no mesmo dia, o Volta por Cima é uma ação de abordagem direta a pessoas em situação de rua. Com apoio de secretarias municipais e do Governo do Estado, o projeto oferece acolhimento, tratamento de saúde, capacitação profissional, acesso à educação e moradia, além de suporte para reintegração ao mercado de trabalho.
A articulação entre as pastas garante atendimento completo. A Secretaria de Saúde (Sesau) atuará com vagas pactuadas no Hospital Regional. A Educação (Semed) facilita o retorno aos estudos. A Agência de Habitação (Emha) oferece projetos de moradia e a segurança é reforçada com apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Polícia Militar.
“Cada pasta tem um papel fundamental nessa ação articulada. Não se trata apenas de assistência emergencial, mas de oferecer novas possibilidades de vida a quem, por diferentes razões, perdeu o rumo”, disse Camilla.
A Prefeitura de Campo Grande prevê a realização de avaliações a cada dois meses para monitorar o impacto dos projetos e ajustar estratégias. A intenção da gestão é garantir que as ações não fiquem restritas à emergência do inverno, mas que possam se consolidar como políticas públicas permanentes voltadas à dignidade e reinserção social.
