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EDUCAÇÃO

Falta de vagas em creches deixa mais de 5 mil crianças na fila em Campo Grande

Audiência na Câmara debateu desafios e metas para zerar a espera por vagas na educação infantil da capital

1 setembro 2025 - 15h20Da Redação
Mais de 5,6 mil crianças seguem na fila por uma vaga na educação infantil de Campo Grande. A situação foi debatida em audiência pública realizada nesta segunda-feira (1º), na Câmara Municipal. O encontro reuniu vereadores, representantes do Ministéri
Mais de 5,6 mil crianças seguem na fila por uma vaga na educação infantil de Campo Grande. A situação foi debatida em audiência pública realizada nesta segunda-feira (1º), na Câmara Municipal. O encontro reuniu vereadores, representantes do Ministéri - (Foto: Izaias Medeiros)

Mais de 5,6 mil crianças seguem na fila por uma vaga na educação infantil de Campo Grande. A situação foi debatida em audiência pública realizada nesta segunda-feira (1º), na Câmara Municipal. O encontro reuniu vereadores, representantes do Ministério da Educação, Defensoria Pública, Tribunal de Contas, professores e especialistas da área.

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A audiência foi proposta pela vereadora Luiza Ribeiro (PT), presidente da Comissão de Políticas e Direitos das Mulheres, Cidadania e Direitos Humanos. “Campo Grande ainda não dá acesso a todos que precisam. A fila caiu nos últimos anos, mas o número continua alto”, destacou a parlamentar.

Segundo a prefeitura, a maior demanda está entre crianças de 0 a 3 anos. A rede municipal, que atendia cerca de 13 mil crianças dessa faixa etária há dois anos, hoje atende 8 mil. Apesar da redução da fila, mais de 5 mil crianças ainda aguardam vaga.

O secretário municipal de Educação, Lucas Henrique Bitencourt, afirmou que a meta da gestão é eliminar completamente a lista de espera. “Educação infantil é prioridade. Estamos trabalhando para ampliar a oferta com qualidade”, disse.

Durante a audiência, Bitencourt também destacou parcerias com o Governo do Estado e órgãos de controle como parte da estratégia para ampliar o número de vagas.

O vereador Professor Juari, presidente da Comissão de Educação da Câmara, defendeu que os investimentos devem priorizar a criança. “Sem colocar a criança no orçamento, não há avanço real”, disse. Ele lembrou ainda a importância do Marco Legal da Primeira Infância, que estabelece direitos fundamentais nos primeiros anos de vida.

Representando o Ministério da Educação, a coordenadora de Educação Infantil, Rita Coelho, reforçou que a responsabilidade é do poder público. “É um direito da criança e um dever do Estado. A articulação entre instituições pode garantir esse direito”, afirmou.

O defensor público Eugenio Luiz Damião criticou a lentidão do poder público em atender à demanda. “A Constituição já garante esse direito. Infelizmente, o Estado ainda falha em cumprir”, declarou. Confira o vídeo da audiência:

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