Na manhã desta sexta-feira (9), o Hospital Universitário da UFMS, em Campo Grande, recebeu o lançamento do Projeto Transbucal Brasil. A iniciativa vai estudar a saúde da boca de pessoas trans que são atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O objetivo é entender como está o atendimento e ajudar a melhorar os cuidados com essa população.
Esse projeto faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal e é financiado pelo Ministério da Saúde e pelo CNPq, que apoia pesquisas científicas no Brasil.
O que é o Transbucal? O Transbucal Brasil vai ouvir e examinar pessoas trans para saber como está a saúde bucal delas, se conseguem atendimento com facilidade e quais dificuldades enfrentam. A ideia é usar essas informações para criar políticas públicas mais justas e eficientes, que levem em conta as necessidades reais dessa população.
Em Campo Grande, os atendimentos serão feitos no Ambulatório Trans do Hospital Universitário (Humap-UFMS), que já é referência nesse tipo de cuidado.
Quem está envolvido? O projeto tem apoio de várias instituições. Participam representantes da UFMS, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ministério da Saúde, Secretaria Estadual e Municipal de Saúde, além da Subsecretaria Estadual LGBT.
A equipe de Campo Grande é coordenada pelo professor Rafael Aiello Bomfim (UFMS), com apoio de pesquisadores, dentistas e outros profissionais da saúde, que vão acompanhar as pessoas durante todo o estudo.
Por que esse estudo é importante? Pessoas trans ainda enfrentam muitos obstáculos para conseguir atendimento digno na saúde pública, e isso também acontece nos cuidados com a boca. Com esse projeto, será possível entender melhor essas dificuldades e pensar em formas mais eficazes de oferecer um atendimento respeitoso e completo.
A pesquisa também mostra que a saúde vai além do físico: ela envolve respeito, escuta e tratamento igual para todos.
UFMS se destaca no Brasil - Com essa participação, a UFMS e o Hospital Universitário reforçam o papel de Campo Grande como cidade referência em saúde inclusiva. O hospital já é conhecido por atender pelo SUS e formar profissionais da saúde. Agora, ajuda também a construir um SUS mais humano e justo, por meio de uma pesquisa que respeita as diferenças e valoriza todas as pessoas.
