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02 de outubro de 2025 - 12h21
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CAPITAL

Campo Grande realiza censo inédito para mapear população em situação de rua

Levantamento vai ajudar a traçar políticas públicas mais eficazes e detalhar o perfil social das pessoas que vivem nas ruas da capital

2 outubro 2025 - 09h50Carlos Guilherme
A primeira fase do levantamento contou com a atuação de 96 profissionais divididos em 32 equipes, que percorreram as sete regiões urbanas da cidade
A primeira fase do levantamento contou com a atuação de 96 profissionais divididos em 32 equipes, que percorreram as sete regiões urbanas da cidade - (Foto: Divulgação)

Campo Grande iniciou nesta semana um censo inédito para mapear a população em situação de rua. A ação, organizada pela Prefeitura, em parceria com a Defensoria Pública e o Governo do Estado, tem como objetivo obter dados concretos para melhorar as políticas públicas voltadas a esse grupo social.

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A primeira fase do levantamento contou com a atuação de 96 profissionais divididos em 32 equipes, que percorreram as sete regiões urbanas da cidade. O trabalho foi realizado em um único dia para evitar duplicidades e garantir maior precisão nas informações.

O foco inicial foi a contagem e o georreferenciamento das pessoas que vivem nas ruas, com apoio de equipes experientes da assistência social e do programa Consultório na Rua. Locais como centros de acolhimento, hospitais, terminais e unidades de saúde também participaram da coleta para ampliar o panorama.

Campo Grande inicia censo para mapear população de rua e traçar novas políticas sociais

Segundo o gerente de Proteção Social para a População em Situação de Rua, Thiago Ribeiro, esse mapeamento representa um avanço em relação aos dados atualmente disponíveis. “O Censo pretende fornecer um dado mais próximo da realidade, pois todas as regiões foram mapeadas”, afirmou.

A ação cumpre a Lei Municipal 6.517/2020, que estabelece a obrigatoriedade de um censo bienal da população em situação de rua. O último instrumento utilizado era o Registro Mensal de Atendimento (RMA), considerado limitado por não alcançar quem está fora dos serviços assistenciais.

Próximas etapas - O trabalho segue nos próximos meses com a aplicação de questionários para traçar o perfil sociodemográfico e étnico-social dessas pessoas. O cruzamento e validação das informações devem ser concluídos até dezembro.

A comissão que coordena o Censo inclui representantes da Prefeitura, do Estado, da Defensoria Pública, do IBGE, do Ministério Público e de entidades da sociedade civil, como a OSC Águia Morena. Todos os envolvidos participaram de capacitações específicas para garantir uma abordagem respeitosa e eficaz durante a pesquisa.

Para a defensora pública Thaisa Raquel de Albuquerque, o projeto representa um marco. “Esse trabalho tem uma característica especial porque utiliza profissionais que já atuam com a população em situação de rua. Isso fortalece a integração e possibilita políticas mais assertivas”, destacou.

A secretária municipal de Assistência Social, Camilla Nascimento, também ressaltou a importância do levantamento. “A partir do Censo, teremos um ponto de partida sólido para a construção de políticas sociais mais direcionadas e eficazes”, disse.

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