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HABITAÇÃO

Campo Grande pode ganhar 817 moradias em projeto de aluguel social

Nova modalidade do Minha Casa, Minha Vida propõe aluguel acessível e gestão privada das unidades

13 março 2025 - 08h30Da redação
Campo Grande pode testar um novo modelo de moradia social, com 817 unidades de aluguel acessível. Projeto faz parte do Minha Casa, Minha Vida
Campo Grande pode testar um novo modelo de moradia social, com 817 unidades de aluguel acessível. Projeto faz parte do Minha Casa, Minha Vida - (Foto: Divulgação)

Campo Grande pode estar prestes a testar um novo modelo de moradia popular. A Câmara Municipal recebeu, nesta última quarta-feira (12), o projeto de Parceria Público-Privada de Locação Social, que propõe a construção de 817 unidades habitacionais em dois bairros da cidade. A ideia, apresentada por representantes da Caixa Econômica Federal e da Secretaria Nacional de Habitação, é oferecer moradias com aluguel reduzido, sem que as famílias precisem comprar os imóveis.

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O projeto faz parte do Minha Casa, Minha Vida, mas com uma diferença: não há prestações de financiamento, e sim um aluguel fixo, que não pode ultrapassar 20% da renda da família. A expectativa é atender principalmente as faixas 1 e 2 do programa, voltadas para quem ganha até dois salários mínimos.

Para o presidente da Câmara, Epaminondas Vicente Neto, o Papy, o acesso à moradia é o primeiro passo para melhorar a qualidade de vida das famílias. “Se a pessoa não tem onde morar de forma digna, como vai se preocupar com educação, saúde e trabalho? Tudo começa pela casa”, afirmou.

Como vai funcionar? O projeto prevê 432 unidades no bairro Taquarussu e 385 na Mata do Jacinto. A construção será feita por uma empresa privada, que também ficará responsável pela gestão dos condomínios por 25 anos. O processo ainda precisa passar por consultas e audiências públicas antes da abertura da licitação.

De acordo com a Secretária Municipal de Planejamento, Catiana Sabadin, 17 mil famílias em Campo Grande vivem em situação de vulnerabilidade e poderiam se beneficiar do programa.

A diretora do Programa de Parceria de Investimentos do Governo Federal, Bartira Nunes, afirmou que essa modalidade de habitação é uma das prioridades do governo. “Queremos garantir que mais pessoas tenham acesso à moradia digna, sem comprometer toda a renda com aluguel”, disse.

Se aprovado e implementado, o projeto pode não apenas reduzir o déficit habitacional da cidade, mas também se tornar modelo para outros municípios brasileiros. A aposta da Caixa é testar a locação social em algumas capitais e, se der certo, expandir para todo o país.

Agora, a proposta entra na fase de ajustes burocráticos. Até lá, o que está em jogo não é só um novo tipo de política habitacional, mas a chance de muitas famílias saírem da informalidade sem precisar se endividar.

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