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30 de outubro de 2025 - 18h59
CIDADES INTELIGENTES

Campo Grande adota modelo de 'Cidade-Esponja' para combater enchentes e valorizar áreas verdes

Nova legislação prevê soluções sustentáveis para infiltração da água da chuva e melhora do microclima urbano

30 outubro 2025 - 14h10Iury de Oliveira
Infraestrutura verde como jardins de chuva passa a integrar planejamento urbano de Campo Grande com a nova lei
Infraestrutura verde como jardins de chuva passa a integrar planejamento urbano de Campo Grande com a nova lei - (Foto: Divulgação)

Campo Grande acaba de dar um passo importante rumo à sustentabilidade urbana ao aprovar a Lei nº 7.511, publicada nesta quinta-feira (30), que institui oficialmente o conceito internacional de ‘Cidade-Esponja’ no planejamento da capital sul-mato-grossense. A proposta busca reduzir alagamentos, otimizar a drenagem urbana e melhorar a qualidade de vida por meio da valorização das áreas verdes e da gestão inteligente das águas pluviais.

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Inspirada em experiências bem-sucedidas de cidades asiáticas e europeias, a legislação traz diretrizes para absorver, reter e filtrar naturalmente a água da chuva, utilizando infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza.

Mais verde, menos enchente - Entre os principais objetivos da nova lei estão:

  • Aumentar a permeabilidade do solo urbano para facilitar a infiltração da água;
  • Reduzir a sobrecarga das redes de drenagem tradicionais;
  • Criar e ampliar espaços de retenção hídrica como jardins de chuva e parques;
  • Melhorar a qualidade da água com práticas de filtragem e reuso;
  • Amenizar o efeito de ilha de calor, promovendo conforto térmico e qualidade do ar.

Na prática, a cidade poderá adotar recursos como telhados verdes, pavimentos drenantes, áreas permeáveis e jardins de chuva, que contribuem para a recarga do lençol freático e evitam o escoamento excessivo da água nas vias urbanas.

Cidade mais resiliente às chuvas - O conceito de ‘Cidade-Esponja’ representa uma mudança de paradigma na forma como as cidades lidam com a chuva. Em vez de escoar rapidamente a água para longe, como no modelo tradicional de drenagem, a proposta é reter a água o máximo possível no ambiente urbano, incentivando sua reutilização e absorção pelo solo.

A intenção é criar uma cidade mais resiliente às chuvas intensas, fenômeno que tem se tornado cada vez mais frequente em razão das mudanças climáticas e da urbanização acelerada.

Parcerias para transformar o ambiente urbano - A lei autoriza a Prefeitura a firmar parcerias com instituições de ensino, organizações da sociedade civil e empresas privadas, para ampliar a implantação de soluções sustentáveis em áreas públicas e privadas de interesse coletivo.

A regulamentação das diretrizes será feita pelo Executivo Municipal, com base no Plano Diretor de Campo Grande e nas normas técnicas e ambientais vigentes.

A iniciativa marca a modernização da política urbana da capital, aliando planejamento ambiental, inovação e participação social em um modelo que prioriza o bem-estar das pessoas e a saúde dos ecossistemas urbanos.

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