
Campo Grande acaba de dar um passo importante rumo à sustentabilidade urbana ao aprovar a Lei nº 7.511, publicada nesta quinta-feira (30), que institui oficialmente o conceito internacional de ‘Cidade-Esponja’ no planejamento da capital sul-mato-grossense. A proposta busca reduzir alagamentos, otimizar a drenagem urbana e melhorar a qualidade de vida por meio da valorização das áreas verdes e da gestão inteligente das águas pluviais.
Inspirada em experiências bem-sucedidas de cidades asiáticas e europeias, a legislação traz diretrizes para absorver, reter e filtrar naturalmente a água da chuva, utilizando infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza.
Mais verde, menos enchente - Entre os principais objetivos da nova lei estão:
- Aumentar a permeabilidade do solo urbano para facilitar a infiltração da água;
- Reduzir a sobrecarga das redes de drenagem tradicionais;
- Criar e ampliar espaços de retenção hídrica como jardins de chuva e parques;
- Melhorar a qualidade da água com práticas de filtragem e reuso;
- Amenizar o efeito de ilha de calor, promovendo conforto térmico e qualidade do ar.
Na prática, a cidade poderá adotar recursos como telhados verdes, pavimentos drenantes, áreas permeáveis e jardins de chuva, que contribuem para a recarga do lençol freático e evitam o escoamento excessivo da água nas vias urbanas.
Cidade mais resiliente às chuvas - O conceito de ‘Cidade-Esponja’ representa uma mudança de paradigma na forma como as cidades lidam com a chuva. Em vez de escoar rapidamente a água para longe, como no modelo tradicional de drenagem, a proposta é reter a água o máximo possível no ambiente urbano, incentivando sua reutilização e absorção pelo solo.
A intenção é criar uma cidade mais resiliente às chuvas intensas, fenômeno que tem se tornado cada vez mais frequente em razão das mudanças climáticas e da urbanização acelerada.
Parcerias para transformar o ambiente urbano - A lei autoriza a Prefeitura a firmar parcerias com instituições de ensino, organizações da sociedade civil e empresas privadas, para ampliar a implantação de soluções sustentáveis em áreas públicas e privadas de interesse coletivo.
A regulamentação das diretrizes será feita pelo Executivo Municipal, com base no Plano Diretor de Campo Grande e nas normas técnicas e ambientais vigentes.
A iniciativa marca a modernização da política urbana da capital, aliando planejamento ambiental, inovação e participação social em um modelo que prioriza o bem-estar das pessoas e a saúde dos ecossistemas urbanos.
