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24 de dezembro de 2025 - 18h52
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GERAL

Vídeo de caça da FAB próximo a avião particular viraliza e levanta dúvidas sobre interceptação

Força Aérea afirma que procedimento é rotineiro e seguiu protocolos de segurança durante voo entre SP e GO

24 dezembro 2025 - 17h15Breno Damascena
Caça da FAB realizou interceptação de rotina para checagem de avião particular durante voo entre São Paulo e Goiás.
Caça da FAB realizou interceptação de rotina para checagem de avião particular durante voo entre São Paulo e Goiás. - Reprodução/Instagram @drastephanie.rizk

Um vídeo que mostra um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) se aproximando de um avião particular em pleno voo ganhou grande repercussão nas redes sociais nesta terça-feira (23). As imagens foram registradas por uma passageira da aeronave e mostram o momento em que um caça modelo F-5 se aproxima do avião, mantém voo lado a lado por alguns instantes e, na sequência, se afasta.

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A gravação foi feita pela médica Stephanie Rizk, que narrava a cena enquanto filmava pela janela da aeronave. “Aí você está tranquila viajando e olha pela janela. Olha o que você vê chegando”, diz ela no vídeo. Em seguida, demonstra apreensão com a proximidade do caça: “Está muito perto. Meu Deus do céu… pelo amor de Deus”.

Apesar do susto relatado pela passageira, a FAB informou que a ação seguiu protocolos previstos nas chamadas Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA). Essas medidas são autorizadas por lei e têm como objetivo identificar, acompanhar e, se necessário, coibir aeronaves que possam representar risco à segurança nacional.

Em nota oficial, o Comando de Preparo (COMPREP) da FAB explicou que voos de interceptação fazem parte da rotina de controle do espaço aéreo brasileiro. Segundo o órgão, todas as aeronaves estão sujeitas a esse tipo de procedimento, independentemente da rota, altitude ou tipo de avião.

“O tipo de atividade é rotineira e a proximidade entre o caça e a aeronave interceptada serve para a observação de características, como a matrícula da aeronave”, informou a FAB no comunicado. A Força Aérea destacou ainda que a manobra é realizada com segurança e dentro de padrões operacionais previamente estabelecidos.

De acordo com informações divulgadas pelo portal G1, o avião particular havia decolado do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, e tinha como destino a cidade de Anápolis, em Goiás, quando ocorreu a interceptação.

O comandante da aeronave, Francisco Carlos Miralles, explicou que a aproximação do caça fez parte de um procedimento padrão. Segundo ele, após a identificação visual, houve comunicação via rádio para checagem de informações básicas do voo.

“É como se fosse uma blitz de carro, porém aérea. O procedimento foi executado com maestria pela FAB e com toda a segurança. Se não avisássemos os passageiros, eles nem perceberiam”, afirmou o piloto. Ele acrescentou que foi questionado sobre a procedência da aeronave, o destino e a intenção do voo. “Como tudo estava de acordo, a FAB nos deixou prosseguir”, completou.

A FAB também esclareceu que, em situações mais graves, quando aeronaves não apresentam plano de voo, deixam de responder às comunicações ou sobrevoam áreas restritas sem autorização, as medidas podem ser escalonadas. Em casos extremos, a legislação permite até o uso progressivo da força contra aeronaves consideradas suspeitas.

O episódio chamou atenção nas redes sociais pelo impacto visual da aproximação entre as aeronaves, mas, segundo as autoridades e o comandante do voo, tratou-se de uma ação preventiva e prevista dentro das normas de segurança do espaço aéreo brasileiro.

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