
Quase oito em cada dez brasileiros apontam a disseminação da desinformação e o risco de hackeamento como as maiores ameaças atuais e para o próximo ano. Os números refletem a percepção global de que o mundo está mais vulnerável diante de desafios tecnológicos e geopolíticos.
No Brasil, 75% da população enxerga a desinformação como um risco real, e 70% avaliam o hackeamento com fins fraudulentos ou de espionagem como uma ameaça séria.
Além disso, 72% dos brasileiros acreditam que o mundo está mais perigoso. Nesse cenário, 79% consideram essencial que o país mantenha uma força de defesa sólida, mesmo em tempos de paz.
Confiança limitada nas respostas do governo - A pesquisa também revelou que apenas 49% dos brasileiros confiam na resposta do governo à desinformação, e 46% acreditam que o Estado tem condições de lidar adequadamente com desastres naturais. Esses índices reforçam a necessidade de estratégias públicas mais eficientes e transparentes.
Diante do cenário de insegurança, 60% dos brasileiros concordam que o governo deve aumentar os gastos com defesa. Apesar disso, 59% consideram que o poder econômico tem mais peso do que o militar no cenário global. Quando questionados sobre a possibilidade de sistemas de defesa baseados em inteligência artificial se tornarem uma ameaça, 62% dos brasileiros disseram acreditar nesse risco.
Para 59% dos entrevistados, o Brasil é um bom exemplo de democracia, enquanto 73% acreditam que o regime democrático está em risco no país. Ainda assim, 75% defendem que o Brasil deve ser um líder moral e um exemplo internacional.
Além disso, 81% entendem que o país deve cooperar com outras nações para atingir metas globais, mesmo que nem sempre consiga o que deseja. Por outro lado, 78% acham que o Brasil deveria priorizar mais seus próprios problemas internos devido à atual crise econômica.
Quando perguntados com qual país o Brasil deveria manter relações mais próximas, 29% citaram os Estados Unidos. No entanto, 37% dos entrevistados consideram os EUA como a maior ameaça de segurança externa para o país.
Desinformação e cibersegurança: desafios urgentes - Especialistas destacam que o elevado índice de brasileiros que identificam desinformação e ataques cibernéticos como ameaças revela não apenas riscos tecnológicos, mas também falhas na regulação de redes sociais, na comunicação institucional e na proteção de dados.
O alerta exige ações coordenadas entre governo, sociedade civil e setor privado para fortalecer a confiança pública, combater a desinformação e garantir a segurança digital da população.


