Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
09 de outubro de 2025 - 13h39
DP-Barros---Parabens-MS
MUNDO

Justiça argentina condena brasileiro por tentativa de matar Cristina Kirchner

Fernando Sabag Montiel pegou 10 anos de prisão por tentar assassinar a ex-presidente; ex-namorada também foi condenada

9 outubro 2025 - 09h15Redação
Cristina Kirchner escapou por pouco após falha da arma apontada para seu rosto em 2022
Cristina Kirchner escapou por pouco após falha da arma apontada para seu rosto em 2022 - (Foto: TV Publica Argentina via Reuters)

Sentença saiu quase dois anos após a tentativa de assassinato que chocou a Argentina. O brasileiro Fernando Sabag Montiel foi condenado a 10 anos de prisão nesta quarta-feira (8), por tentar matar a ex-presidente Cristina Kirchner em setembro de 2022, em Buenos Aires. Brenda Uliarte, ex-namorada dele, foi sentenciada a oito anos, por envolvimento no crime.

Canal WhatsApp

Fernando Sabag Montiel foi condenado a 10 anos de prisão Fernando Sabag Montiel foi condenado a 10 anos de prisão

A decisão da Justiça encerra um dos episódios mais graves da política argentina recente. Em 1º de setembro de 2022, Sabag se misturou à multidão em frente à casa da então vice-presidente e apontou uma pistola carregada a centímetros de seu rosto. O disparo não aconteceu porque a arma falhou.

Durante o julgamento, a Promotoria sustentou que o atentado foi premeditado. Sabag e Uliarte teriam visitado o local dias antes para estudar a rotina de Cristina e trocaram mensagens sobre a arma usada no ataque.

A defesa tentou alegar que Sabag era inimputável, mas o tribunal rejeitou a tese. Ele confessou o crime, dizendo que agiu por conta própria, movido pelas acusações de corrupção contra Cristina. “Senti que não queria fazer, mas tinha que fazer”, declarou.

O réu também afirmou estar arrependido. Uliarte, por sua vez, foi condenada como cúmplice. Um terceiro acusado, Nicolás Carrizo, acabou absolvido.

Passado com sinais de radicalização - Montiel nasceu no Brasil, filho de pai chileno e mãe argentina, e vive na Argentina desde 1993. Trabalhava como motorista de aplicativo e tinha antecedentes criminais. Após o crime, a polícia encontrou 100 munições calibre 9 mm em um imóvel ligado a ele, em San Martín.

As investigações mostraram que ele seguia grupos extremistas e tinha tatuagens com símbolos ligados ao neonazismo. Antes do atentado, chegou a participar de um programa de TV ao lado de Uliarte, onde criticou políticas sociais do governo argentino.

Apesar de condenada por corrupção em 2024 e cumprir pena domiciliar, Cristina segue atuando politicamente. Aos 72 anos, já não pode se candidatar, mas continua como voz ativa da oposição ao presidente Javier Milei.

Recentemente, recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Buenos Aires, reforçando sua influência entre lideranças da América Latina.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop