
Quase 60 horas após desaparecer em uma região de difícil acesso durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, a brasileira Juliana Marins, de 27 anos, ainda aguarda resgate. Segundo a família, dois alpinistas experientes estão a caminho da área onde a jovem teria sido localizada por drones, mas as condições do terreno e o mau tempo seguem dificultando os trabalhos.

Juliana caiu em um trecho íngreme da montanha ainda na madrugada de sábado, 21 (horário local), quando realizava o percurso. Desde então, permanece isolada e sem confirmação oficial de socorro. Imagens aéreas feitas por drones chegaram a mostrar a brasileira em uma área de mata fechada, aparentemente com vida, o que mobilizou os esforços de busca. No entanto, parentes afirmam que, até esta segunda-feira (23), o resgate não foi concluído.
A família de Juliana, que tem divulgado atualizações nas redes sociais, relatou que o trabalho das equipes locais enfrenta dificuldades por causa da baixa visibilidade causada por neblina, além de falhas na comunicação e contradições nos dados divulgados por autoridades indonésias.
Uma das queixas diz respeito à informação de que a jovem teria recebido água e alimentos, algo anunciado por fontes locais no sábado, mas que, até o momento, não foi confirmado oficialmente. “Há desencontro de informações. Não temos certeza se Juliana foi, de fato, alcançada pela equipe de apoio”, dizem os parentes em nota publicada na conta criada para mobilizar atenção ao caso.
Equipes especializadas chegam ao local - Nesta segunda-feira, dois alpinistas experientes foram deslocados para a região e, segundo a família, devem tentar descer até onde Juliana estaria. Ainda não se sabe, no entanto, se os profissionais conseguirão alcançar a jovem durante a noite — o fuso horário entre Indonésia e Brasil é de 11 horas. Segundo a última atualização, há reforço no local com equipamentos específicos de resgate em montanha.
Procurada pela imprensa, a Embaixada da Indonésia no Brasil não se manifestou sobre o caso. A jovem é natural do Rio de Janeiro, mora em São Paulo e estava na Ásia como turista.
O Monte Rinjani é um dos pontos turísticos mais procurados por quem pratica trilhas e esportes de aventura no país. Com mais de 3.700 metros de altitude, a montanha exige preparação e costuma ter trechos extremamente escorregadios, especialmente durante a estação das chuvas.
Nas redes sociais, amigos e familiares seguem cobrando apoio das autoridades brasileiras e reforçam pedidos por agilidade no resgate. “Estamos aflitos. Sabemos que o tempo é decisivo. Queremos apenas que cheguem até ela o quanto antes”, escreveu um parente.
