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24 de dezembro de 2025 - 19h51
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INTERNACIONAL

Brasil condena ação militar dos EUA contra Venezuela e defende diálogo na ONU

Durante reunião no Conselho de Segurança, embaixador Sergio Danese afirma que ofensiva norte-americana viola Carta das Nações Unidas

24 dezembro 2025 - 18h00Agência Brasil
Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU.
Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU. - (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Durante reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (24), o Brasil criticou duramente a ação militar dos Estados Unidos contra a Venezuela. O posicionamento foi apresentado pelo embaixador brasileiro na ONU, Sergio Danese, que classificou a ofensiva norte-americana como uma violação da Carta das Nações Unidas.

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“As ações dos Estados Unidos violam a Carta das Nações Unidas e, portanto, devem cessar imediata e incondicionalmente, em favor da utilização dos instrumentos políticos e jurídicos amplamente disponíveis”, afirmou Danese durante a sessão.

O representante brasileiro reforçou o compromisso do país com uma solução pacífica e diplomática para a crise. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou intenção de atuar como mediador entre os dois países e apoia qualquer esforço do secretário-geral da ONU para promover um entendimento.

“Convidamos ambos os países a um diálogo genuíno, conduzido de boa-fé e sem coerção”, declarou o embaixador.

Danese também destacou a importância de preservar a paz na América do Sul. “Somos uma região que é e quer continuar sendo pacífica, respeitando o direito internacional e com boas relações entre vizinhos”, disse.

Ainda segundo o embaixador, um conflito militar no continente sul-americano ultrapassa os limites regionais e deve ser motivo de atenção para toda a comunidade internacional. “Evitar uma guerra na América do Sul não é interesse exclusivo dos países latino-americanos. Um conflito na região pode ter repercussões em escala global”, alertou.

A tensão entre Estados Unidos e Venezuela aumentou nas últimas semanas após o presidente norte-americano Donald Trump ameaçar abertamente invadir o território venezuelano. O governo dos EUA acusa Nicolás Maduro de liderar um cartel narco-terrorista e defende a sua remoção do poder. Em resposta, militares norte-americanos têm reforçado o cerco ao país vizinho.

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