
Um acidente com o Elevador da Glória, em Lisboa, deixou 16 mortos e 21 feridos nesta quarta-feira (3). O bonde amarelo e branco, inaugurado em 1885 e considerado um dos cartões-postais da capital portuguesa, se deslocava pela tradicional Calçada da Glória quando descarrilou.

O sistema é do tipo funicular, em que o peso do vagão que desce auxilia o movimento do que sobe. Diariamente, ele percorre os 265 metros que ligam a Praça dos Restauradores, no centro da cidade, ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, ponto turístico com vista privilegiada para o Castelo de São Jorge. Cada unidade comporta 22 passageiros sentados e 20 em pé.
O Elevador da Glória, também conhecido como Ascensor da Glória, faz parte do conjunto de ascensores de Lisboa — que inclui ainda os do Lavra e da Bica — classificados como Monumentos Nacionais desde 2002. O Elevador de Santa Justa, também administrado pela Companhia Carris de Ferro de Lisboa, integra esse patrimônio, embora utilize outro sistema de transporte.
Após o acidente, a Carris informou que suspendeu a operação de todos os ascensores e elevadores da cidade e que abrirá investigação para apurar as causas. A empresa destacou que cumpre protocolos de manutenção: revisões gerais a cada quatro anos (a última em 2022), intercalares a cada dois anos (feita em 2024), além de manutenções mensais, semanais e inspeções diárias.
