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18 de dezembro de 2025 - 13h23
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INTERNACIONAL

Bolívia acaba com subsídio de combustível e reajusta salário mínimo

Rodrigo Paz decreta emergência econômica e social, libera preços da gasolina e do diesel e promete repassar 50% dos novos recursos a regiões

18 dezembro 2025 - 09h35Redação
O presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, decretou emergência econômica e social no país
O presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, decretou "emergência econômica e social" no país - Isaac Castillo/Presidencia de la República

O presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, decretou “emergência econômica e social” no país e pôs fim aos subsídios aos combustíveis mantidos por cerca de duas décadas. A mudança deve provocar aumentos de até 100% nos preços da gasolina e do diesel, segundo o próprio governo.

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Em mensagem pública, Paz classificou a decisão como “difícil, mas necessária para garantir o abastecimento de combustível e deixar de sangrar nossas reservas”. O presidente afirmou que a medida marca uma inflexão na política econômica do país.

Paz também prometeu descentralizar a aplicação dos novos recursos gerados com o fim da subvenção. Segundo ele, “esses novos recursos não ficarão no centralismo, mas serão distribuídos em 50% diretamente às nossas regiões e governos subnacionais”, com a promessa de transformar o sacrifício em “melhores hospitais, escolas e serviços”.

O presidente declarou que sua “prioridade absoluta é proteger o bolso da população enquanto estabilizamos o país”. Como compensação, anunciou que o salário mínimo nacional será elevado a 3.300 bolivianos a partir de janeiro de 2026, o que representa aumento de 20%.

Além do reajuste ao piso salarial, Paz informou a elevação da Renta Dignidad para 500 bolivianos e a criação de um bônus de remuneração voltado a trabalhadores informais, um dos grupos mais expostos ao impacto do fim dos subsídios e da alta nos combustíveis.

O pacote inclui ainda medidas para tentar atrair capital privado. O presidente afirmou que pretende estimular investimentos com “imposto 0% para quem repatriar seus capitais para produzir em nossa terra”, em um esforço para recuperar atividade econômica e geração de empregos.

Ao justificar o conjunto de decisões, Paz disse que o governo recebeu “um país ferido em sua economia, sem dólares, com uma inflação crescente e sem combustíveis”. Segundo ele, o decreto representa “o ponto final de um modelo de mentira, desperdício e corrupção” e o início de uma fase de “reconstrução nacional”.

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